O fundador da Binance, Changpeng Zhao (CZ), foi colocado pelo ranking Hurun 2025 como o 13º homem mais rico do mundo, com uma fortuna estimada em US$ 26 bilhões. A informação provocou alvoroço no mercado e respostas diretas do próprio empresário, que ironizou os números e reacendeu o debate sobre a real dimensão do império financeiro por trás da maior corretora de criptomoedas do planeta.
De acordo com uma publicação no X, CZ negou a estimativa e reagiu de forma bem-humorada:
“Bobagem. Dividam por 100 que fica mais próximo da verdade”.
Mesmo assim, sua declaração não impediu analistas e investidores de especularem sobre a fortuna do bilionário canadense-chinês, cuja riqueza é amplamente ligada ao desempenho do token BNB e à lucratividade da Binance.
Enquanto CZ tenta minimizar as estimativas, dados recentes sobre o mecanismo de queima de BNB alimentam teorias de que o lucro da corretora pode ter superado o da Alibaba. De acordo com cálculos baseados no 33º ciclo de queima trimestral, realizado em 27 de outubro, a Binance eliminou US$ 12,08 bilhões em BNB.
Lucro estimado da Binance em US$ 6,4 bilhões

Historicamente, a Binance destinava 20% de seus lucros trimestrais à queima de tokens. Mantida essa proporção, o valor destruído implicaria um lucro de aproximadamente US$ 6,4 bilhões apenas no trimestre. Número superior ao lucro de US$ 4,67 bilhões da Alibaba no mesmo período.
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Essa estimativa, publicada por analistas da CryptoBraveHQ, rapidamente ganhou tração nas redes sociais.
“Os cálculos da Hurun provavelmente subestimam a real fortuna de CZ”, escreveu o perfil. “A Binance gera receitas comparáveis às das maiores empresas de tecnologia da China, mas opera em um ambiente ainda mais lucrativo e globalizado.”
Contudo, essa conclusão encontra resistência. Parte da comunidade argumenta que a Binance já alterou as regras de queima de BNB em seu white paper, removendo a vinculação direta com o lucro.
“Hoje, o Auto-Burn e o BEP-95 ajustam o ritmo das queimas com base na atividade da rede, e não apenas no lucro operacional”.
Mesmo com as controvérsias, o patrimônio de Changpeng Zhao continua a intrigar o mercado. Fontes próximas afirmam que sua participação direta no BNB é inferior a 1% da oferta circulante, mas seu controle estratégico sobre a Binance e sua influência sobre o ecossistema cripto o colocam entre as figuras mais poderosas do setor.
De acordo com o relatório da YZi Labs, o BNB Chain já queimou mais de 64 milhões de tokens, o equivalente a 31,8% do fornecimento histórico, consolidando o ativo como um dos pilares da economia Web3. O estudo descreve o BNB como um “motor de transações da economia digital global”, com novas atualizações previstas para 2026, quando a rede passará a operar com confirmações em menos de 150 milissegundos e suporte para 20.000 transações por segundo.

