A questão que paira é: o protocolo Mimblewimble poderá colocar ou tirar a Litecoin no radar.
Desde janeiro de 2019, Charlie Lee vem manifestando planos de introduzir transações confidenciais na Litecoin. No entanto, o anúncio foi seguido por um longo período de silêncio, gerando a dúvida se, de fato, o recursos de privacidade seria posto em prática.
Na última terça-feira, 27 de agosto, a possibilidade foi restaurada por Lee quando anunciou o novo desenvolvedor a juntar-se ao time do projeto de privacidade prometido pela Fundação Litecoin. David Burkett, o principal desenvolvedor da Grin++, se juntará à equipe, junto com outro desenvolvedor sob o pseudônimo “ecurrencyhodler”, assim como o próprio Lee. Segundo David Burkett, eles “estão trabalhando juntos com o objetivo de agregar principalmente fungibilidade à Litecoin”.
O que é Mimblewimble?
Em julho de 2016, o Mimblewimble foi lançado misteriosamente no canal IRC #bitcoin-wizards por um usuário anônimo chamado Tom Elvis Jedusor. Imediatamente, causou discussões amplas na comunidade porque trouxe uma solução muito elegante para o debate, gradualmente acalorado, sobre a questão da privacidade do Bitcoin.
Em uma transação do Bitcoin, entradas e saídas de cada transação são transparentes e seu protocolo de consenso garante que nenhuma moeda seja destruída ou criada. O Mimblewimble utiliza Transação Confidencial com o propósito de resolver o problema de privacidade, criptografando entradas e saídas da mesma forma que assegura que seja publicamente verificável.
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Além da Transação Confidencial, o Mimblewimble combina as entradas e saídas de muitas transações e as ofusca através do CoinJoin, que é essencialmente um mixer de moeda confiável e descentralizado.
Por que a Litecoin precisa do protocolo Mimblewimble? Dado o status de desenvolvimento atual do Mimblewimble, a resposta é fungibilidade e escalabilidade.
E a questão da privacidade?
A privacidade pode ter bastante valor para a Litecoin. Recentemente, a Binance observou um ataque de varredura (dusting attack) em grande escala nas carteiras da Litecoin. E isso, eventualmente, pode ter resultado em 295.000 endereços de LTC vazados e a possível identificação de seus proprietários.
A incerteza quanto à adoção do recurso, é de que possa vir a esbarrar em questões regulatórias comprometendo a adoção. Caso análogo ocorreu com a Zcash, retirada da lista a Coinbase do Reino Unido em consequência do mesmo recurso.
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