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Líbano reacende discussão: o Bitcoin é capaz de salvar economias em crise?

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Na comunidade cripto, uma discussão está dividindo opiniões: o Bitcoin pode ser considerado como a salvação dos países em apuros econômicos?

A pergunta é válida, pois os casos da Argentina e da Venezuela são frequentemente utilizados como “propaganda” a favor do Bitcoin. Entretanto, para alguns entusiastas, essa perspectiva acaba ignorando os problemas reais desses países.

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De todo modo, a triste explosão que aconteceu na tarde da última terça-feira, em Beirute, reacendeu a discussão. Isso acontece porque os libaneses já estavam adotando o Bitcoin em massa, antes do fato. 

Assim, com a explosão na região portuária da sua capital, é provável que o Líbano permaneça fragilizado. É provável, portanto, que ocorra o aumento da adoção do Bitcoin pela população libanesa.

Derretimento da Libra empurra libaneses para o Bitcoin

O Líbano está vivenciando a pior crise econômica da sua história. Para um país que passou por uma guerra civil, entre os anos de 1975 a 1990, a notícia da explosão é devastadora. Beirute conseguiu se reconstruir, apenas para entrar em uma nova crise, agravada pelo coronavírus e pela explosão.

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A situação econômica passou a se deteriorar de forma significativa em 2019, conforme a reportagem da Forbes. Para dar estabilidade à Libra, os Bancos começaram a oferecer juros de 14% sobre os depósitos.

Contudo, tudo não passou de uma grande pirâmide, na qual era necessária a entrada de novos depósitos para pagar os juros elevados.

Logo, a situação começou a ruir. O câmbio da libra com o dólar, fixado pelo governo, passou a não corresponder à realidade. Um mercado paralelo do dólar se formou, como acontece na Argentina. Para piorar, o governo estava tentando limitar o acesso dos cidadãos à moeda americana e forçando o uso da libra.

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Como resultado da crise, a libra libanesa perdeu mais de 80% do valor, nos últimos meses.

Assim, a saída que os libaneses encontraram para fugir da inflação galopante e da desvalorização cambial foi o Bitcoin. A demanda pela criptomoeda disparou, assim como vem acontecendo na Argentina e na Venezuela.

Países em crise não são um experimento do Bitcoin

No tweet, a conhecida cripto-investidora Melten Demirors afirma que os países em crise não são um “estudo de caso do Bitcoin”.

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Dessa maneira, ela alega que os problemas desses países vão muito além da criptomoeda. Há crises políticas, insegurança alimentar e outros problemas humanitários nos locais em questão.

Para Melten, os cidadãos pobres desses países geralmente não têm condições de “investir” em criptomoedas.

Entretanto, é inegável que o Bitcoin pode ajudar a resolver vários problemas econômicos de países que sofrem com hiperinflação. A principal razão para isso é o fato de que o Bitcoin é um meio de pagamento que não sofre com inflação e, por esse motivo, é mais estável do que as moedas locais.

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Assim, é possível que o Bitcoin e outras criptomoedas ajudem a pavimentar o caminho de volta para uma economia “normal”, nesses países.

Naturalmente, é comum que a comunidade cripto se empolgue, ao advogar o Bitcoin como a solução para todos os problemas do mundo.

Contudo, apesar de o Bitcoin não resolver todos esses problemas, ele é fundamental como uma ferramenta de disrupção do sistema financeiro injusto que está em vigor.

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Nicolas Nogueira

Advogado, formado em Direito pela UFPR, com MBA em Negócios Internacionais. Tenho contato com as criptomoedas desde 2017. Sou apaixonado pelo assunto! Para mim, as criptomoedas são o único futuro possível para a economia mundial, bem como a melhor ferramenta de liberdade financeira para todos nós.