As políticas de prevenção à lavagem de dinheiro são implementadas através de legislação e da atuação dos agentes financeiros.
Isso inclui os bancos, as operadoras de cartão de crédito, as corretoras de investimentos e outras empresas do setor.
No entanto, um estudo realizado por Ronald Pol, da Faculdade de Direito de La Trobe, na Austrália, mostra que as práticas contra a lavagem de dinheiro são extremamente ineficientes.
Dessa maneira, cerca de 99,95% das atividades criminosas conseguem superar as práticas preventivas implementadas pelas instituições financeiras.
O artigo publicado por Pol está disponível na internet em inglês.
No documento, o estudioso tirou várias conclusões sobre as práticas preventivas à lavagem de dinheiro:
Ademais, vale ressaltar que o termo “compliance” descreve o conjunto de políticas aplicadas pelas empresas que desejam atuar de forma ética e legal.
Contudo, a suposta boa intenção dos que formulam as regras de compliance raramente são traduzidas em ações efetivas, segundo Pol.
Atualmente, é difícil estimar os custos que as medidas de prevenção à lavagem de dinheiro causam para os governos, as empresas e os cidadãos.
De toda maneira, um estudo da LexisNexis afirma que as empresas do setor financeiro estadunidenses gastam, em média, US$ 14,3 milhões (R$ 79,18 milhões) por ano em ações de compliance contra a lavagem de dinheiro.
Recentemente, documentos da Rede de Combate a Crimes Financeiros dos Estados Unidos (FiNCEN) foram vazados ao público.
Através deles, descobriu-se que grandes bancos ajudaram a lavar R$ 10 trilhões entre os anos de 2000 a 2017.
Assim, instituições como o HSBC, o Deutsche Bank e o JPMorgan foram coniventes com o dinheiro recebido de atividades criminosas.
O dinheiro oriundo dessas transações serviu para financiar cartéis de narcotraficantes, terroristas, milícias e outras ações ilegais.
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