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Ledn entra na disputa com a FTX pela compra da BlockFi

A plataforma de empréstimo de criptomoedas BlockFi passou a ser alvo de uma intensa disputa. Após rumores de que a FTX teria comprado a empresa, agora é a vez da canadense Ledn manifestar interesse na compra.

A Ledn oferece os mesmo serviços que a BlockFi, mas também fornece crédito para compra de imóveis com garantia em Bitcoin (BTC). De acordo com a proposta, a Ledn pretende adquirir o controle da BlockFi por meio de uma rodada de investimentos. Ou seja, não seria apenas uma simples aquisição.

Desde o início da semana surgiram rumores de que a FTX teria comprado a BlockFi. De fato, fontes anônimas chegaram a confirmar que o negócio estava fechado, afirmando que a FTX pagaria US$ 25 milhões para fechar o negócio.

Mas o CEO da BlockFi, Zac Prince, desmentiu a notícia e disse que não venderia a BlockFi por este valor.

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Ledn se junta à corrida

De acordo com uma notícia da Bloomberg, a Ledn também fez uma proposta semelhante. Mas ao contrário da FTX, seu plano envolve novos financiamentos em vez de uma aquisição completa.

Nesse sentido, a Ledn pretende liderar uma rodada que visa captar US$ 400 milhões para financiar a aquisição de empresas.

A própria empresa disse que vai investir US$ 50 milhões, o dobro da proposta supostamente feita pela FTX. Mas o CEO da Ledn, Adam Reeds, não forneceu mais detalhes a respeito da operação.

“Dada sua força operacional, a Ledn está atualmente avaliando várias oportunidades para ampliar sua liderança em empréstimos de ativos digitais e além. No momento, não podemos compartilhar detalhes adicionais”, disse Reeds.

Por outro lado, BlockFi classificou a informação como “rumores de mercado” e não quis comentar. Essa foi a mesma resposta que a empresa deu a respeito da compra pela FTX.

Cortes e empréstimos

A queda do mercado de criptomoedas causou uma enorme interrupção em várias empresas do setor, como Celsius Network e a própria BlockFi. Nesta semana, a empresa recebeu um empréstimo de US$ 250 milhões da FTX.

Nesse sentido, Prince também confirmou que a BlockFi sua força de trabalho total em aproximadamente 20%. De acordo com o CEO, a medida servirá para reduzir custos e acabar com redundâncias nos serviços da empresa.

“Esta decisão foi motivada por condições de mercado que tiveram um impacto negativo em nossa taxa de crescimento e uma revisão rigorosa de nossas prioridades estratégicas”, afirmou.

Pouco depois, o Estado de Iowa ordenou que a BlockFi pagasse uma multa administrativa de quase US$ 1 milhão por não se registrar como plataforma de negociação de valores mobiliários.

O sucesso da BlockFi antes da queda do mercado

A empresa sediada nos EUA que se descreve como uma “empresa de serviços financeiros dedicada a construir uma ponte entre criptomoedas e produtos tradicionais de gestão financeira e de patrimônio” teve momentos de bastante sucesso no ano passado.

Em março de 2021, a BlockFi arrecadou US$ 350 milhões em uma rodada de arrecadação de fundos da Série D liderada por investidores proeminentes como Tiger Global, Bain Capital Ventures e Pomp Investments.

Como resultado, a avaliação do valor de mercado da BlockFi subiu para US$ 4,8 bilhões. Isto é, a oferta da FTX corresponde a cerca de 1% do último valuation da empresa de empréstimos.

No verão passado, a plataforma fez parceria com a estrela da NBA Cade Cunningham. Como parte do acordo, o astro do Detroit Pistons concordou em participar de vídeos e entrevistas educacionais, enquanto a BlockFi disse que Cunningham recebe seus pagamentos diretamente em BTC.

Todavia, o colapso do mercado impactou a confiança em todo o setor de empréstimos, que sofreu fortes crises de liquidez. O Celsius Network teve que bloquear os saques de criptomoedas dos usuários, enquanto a BlockFi precisou recorrer a linhas de crédito para manter suas operações.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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