A exchange de criptomoedas KuCoin concordou em pagar US$ 22 milhões para encerrar um processo movido pela procuradora-geral de Nova York Letitia James contra a empresa. Além disso, como parte do acordo, a KuCoin bloqueará usuários de Nova York de sua plataforma com sede em Seychelles.
Conforme noticiou a Reuters, James processou a KuCoin em março deste ano, alegando que a empresa permitia a compra e a venda de ativos digitais sem o devido registro.
“As empresas de criptomoedas devem compreender que devem seguir as mesmas regras que outras instituições financeiras”, disse James em um comunicado divulgado nesta terça-feira (12).
KuCoin fecha as portas em Nova York
Em junho deste ano, conforme noticiou o CriptoFácil, a KuCoin testemunhou uma corrida em massa para saques, totalizando US$ 20 milhões em saídas em uma noite.
A movimentação gerou rumores e especulações na comunidade cripto, levando muitos participantes do mercado a acreditarem que essa saída em massa estava relacionada a uma possível investigação sobre os executivos da exchange.
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora
No entanto, a KuCoin respondeu aos rumores da comunidade e explicou que a plataforma estava operando normalmente e que todos os ativos dos usuários estavam seguros.
Naquele mesmo mês, a exchange de criptomoedas informou que, a partir de julho, passaria (e de fato passou) a requisitar procedimentos de conhecimento do cliente (KYC) para todos os clientes. A mudança ocorreu em meio ao aumento da pressão regulatória nos Estados Unidos e da implementação da regulamentação MiCA (Regulamentação dos Mercados de Criptoativos) na Europa.
O acordo da KuCoin com a procuradoria de NY ocorre no momento em que os reguladores e agências de aplicação da lei dos EUA estão reprimindo fortemente empresas de criptomoedas. A Binance, por exemplo, fechou um acordo de US$ 4,3 milhões com o Departamento de Justiça dos EUA no mês passado para encerrar um processo contra a empresa.
Além disso, como parte do acordo, o fundador da empresa, Changpeng Zhao (CZ), deixou o cargo de CEO da Binance e saiu do conselho da Binane.US.
Já a procuradoria de NY processou, em outubro, as empresas de criptomoedas Genesis Global, sua controladora Digital Currency Group e Gemini por supostamente fraudar investidores em mais de US$ 1 bilhão.
Em junho, o escritório de James chegou um acordo de US$ 1,8 milhão com a exchange de criptomoedas CoinEx, com sede em Hong Kong, por operar ilegalmente.