O cantor Wesley Safadão teve seu jatinho avaliado em R$ 37 milhões apreendido pela polícia após uma decisão do TR-PR (Tribunal de Justiça do Paraná). A aeronave de luxo está no centro de uma disputa judicial que envolve clientes lesados por Francisley Valdevino da Silva, conhecido como “Sheik dos Bitcoins”.
Em outubro deste ano, conforme noticiou o CriptoFácil, um grupo de clientes lesados pelo Sheik pediu à Justiça do Paraná a apreensão do jatinho para reembolso das dívidas. De acordo com a petição, a aeronave pertence à ITX Administradora de Bens Ltda, do Sheik.
Contudo, era a empresa WS Shows Ltda, do cantor Wesley Safadão, que operava a aeronave vendida pela última vez por R$ 37 milhões. A defesa de Safadão diz que o cantor recebeu o jato de Francisley devido à dívida que suposto líder de pirâmide financeira tem com o artista.
Na época do pedido de arresto pelo grupo de clientes lesados, a WS Shows entrou com recurso e conseguiu uma decisão provisória para manter a posse e a operação da aeronave. Isso até a conclusão dos procedimentos de transferência da propriedade do avião, que estavam em curso. Agora, com a nova decisão, o jatinho não pode mais ser usado.
“A WS Shows foi surpreendida com a recente decisão que determinou o bloqueio do jato, porém já está nas mãos da Justiça para que tudo seja resolvido da melhor e mais justa forma”, disse a empresa em nota.
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Entenda o caso do “Sheik dos Bitcoins”
O “Sheik dos Bitcoins” prometia altos rendimentos por meio de supostas operações com criptomoedas. Com o golpe, ele lesou famosos como Sasha Meneghel e seu marido, o cantor João Figueiredo, por exemplo. De acordo com a Polícia Federal, o Sheik causou prejuízos em pelo menos 15 mil pessoas no Brasil e no exterior. Só no Brasil ele teria movimentado R$ 4 bilhões com o esquema.
Francisley está preso desde o dia 3 de novembro, quando foi alvo da Operação Poyais, deflagrada pela Polícia Federal (PF). A prisão preventiva ocorreu em Curitiba, onde vive Francisley. Segundo a PF, o suspeito teve prisão preventiva decretada após descumprir medidas cautelares.
Na ação, os agentes da PF também apreenderam uma grande quantidade de dinheiro em espécie, barras de ouro, relógios de luxo, carros de luxo, entre outros itens.
O Ministério Público do Paraná denunciou o Sheik por crimes de organização criminosa; crimes contra a economia popular; lavagem de dinheiro e estelionato. Além disso, ele responde por emitir, oferecer ou negociar títulos ou valores mobiliários sem registro prévio junto à autoridade competente.