O jovem Thiago Fouveira de Vasconcelos, morador da cidade de Recife, Pernambuco, é acusado de ter lesado mais de 150 pessoas por meio de um suposto esquema fraudulento que incitava as vítimas a aplicarem seus recursos financeiros em Bitcoin e criptomoedas.
O caso guarda semelhanças com inúmeros outros, geralmente categorizados como pirâmides financeiras ou esquemas ponzi. Vasconcelos arrecadava dinheiro das vítimas alegando investir em criptomoedas e aos clientes oferecia acesso à uma plataforma virtual na qual eles podiam acompanhar e solicitar saques de seus rendimentos (apenas os supostos lucros, não o montante investido).
No início, tudo parecia normal, as vítimas tinham acesso à plataforma, solicitavam os saques e recebiam os valores. No entanto, com o prolongamento do suposto esquema, os saques passaram a não ser mais processados e, segundo as vítimas, fazem dois meses que Vasconcelos está “desaparecido” e não atende ligações ou responde mensagens.
Segundo uma reportagem publicada no portal de notícias G1, para passar credibilidade quanto à sua atuação no mercado, Vasconcelos entregava para as vítimas um contrato com firma reconhecida em cartório e algumas pessoas foram indicadas a fazer o investimento pelo próprio pai do acusado, que é um médico reconhecido em Recife.
O Departamento de Repressão ao Estelionato da Polícia Civíl de Recife está investigando o caso e argumenta que cerca de R$20 milhões podem ter sido arrecadados pelo autor da fraude. Duas pessoas que toparam ceder uma entrevista ao G1 alegam terem sido prejudicadas em mais de R$100 mil.
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Gesner Lins, advogado de 10 vítimas, alega que vem acompanhando o caso junto à Polícia Cívil.
“O inquérito está classificado como sigiloso, já tentei acesso a ele e à justificativa da autoridade policial que estaria em tramite algumas medidas cautelares investigativas e por essa razão ele estava atribuindo sigilo ao inquérito policial. Não há conclusão ainda e para apoiar as vítimas eu tenho acompanhado os depoimentos na delegacia e acionando estas ações na justiça civil”, alega.
Por sua vez, a Polícia Civil informou que as investigações vêm sendo feitas, mas ela só se pronunciará no final das apurações. Os advogados de Vasconcelos argumentaram que o acusado está colaborando com a polícia, além de alegarem também que o pai do suspeito não tem qualquer tipo de envolvimento no caso.
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