Esta semana, o suspense em torno do projeto “Q” acabou e a Fundação IOTA revelou o que realmente era o projeto que envolvia muitas teorias, passando por computação quântica, processadores ternários (que envolve outro projeto chamado JINN), entre outros. Para eliminar todas as especulações, agora é possível saber que “Q” vem de Qubic, um protocolo que especifica a solução da IOTA para máquinas Oracle, contratos inteligentes, cálculos terceirizados e muito mais.
O Qubic é um protocolo que especifica a solução para cálculos baseados em quorum, incluindo construções como máquinas oracle, cálculos terceirizados e contratos inteligentes. A Qubic fornece recursos de multiprocessamento, multiuso, baseados em nuvem ou no Tangle. A longo prazo, a Qubic permitirá que as pessoas aproveitem a capacidade de computação não utilizada em todo o mundo para uma infinidade de necessidades computacionais, tudo isso enquanto ajuda a proteger o Tangle da IOTA, criando uma espécie de rede mundial interconectada.
A Fundação IOTA criou uma nova linguagem de programação para implementar o Qubic em todo o mundo, a Abra, “Abra é uma linguagem de programação ternária por que sistemas ternários podem oferecer economias de energia significantes, essencial para dispositivos IoT. Um digito ternário, um trit, pode representar 1.58 bits. A quantidade de instalação elétrica necessária para um sistema ternário pode então ser reduzida a 64% de um sistema binário equivalente, resultando em economia de energia”, diz o site oficial do projeto.
Somado com o desenvolvimento do processador ternário JINN, tais ganhos no consumo de energia será disruptivo na indústria de IoT. O site oficial da aplicação e um video que o acompanha mostra alguns casos de uso para explicar melhor o funcionamento da solução
Oracle Machine: Máquinas que servem para coletar informações do mundo real e enviar para o Tangle para serem utilizadas pelos smart contracts. Tais informações podem ser, por exemplo, a temperatura de um sensor, preço de um ativo em uma exchange ou dados pessoais como idade e estado conjugal.
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Como a IOTA está focada na IoT, é de se esperar que bilhões de dispositivos no futuro sejam oracle machines atuando como lentes entre o mundo real e o mundo digital. O protocolo Qubic oferece a solução necessária (quorum-based) para que a informação seja descentralizada e confiável, em outras palavras, diversos dispositivos Oracles disponibilizam a informação para o Tangle.
Cálculos Terceirizados: Sempre haverão tarefas que exigem mais poder de computação do que um determinado dispositivo pode resolver ou tarefas que exigem dados além do que está disponível localmente. Isto é especialmente verdadeiro para os dispositivos que compõem a Internet das Coisas (IoT). Esses dispositivos são tipicamente limitados pela falta de memória, poder de processamento, disponibilidade de energia ou todos os itens acima. E se esses dispositivos de baixa potência pudessem simplesmente terceirizar cálculos intensivos para uma máquina externa mais capaz?
O Qubic permite exatamente esses cálculos terceirizados e permite uma participação segura e sem permissão para consumidores e produtores. O protocolo permite que qualquer pessoa crie ou solicite a execução de uma tarefa computacional em um ou mais dispositivos externos, os quais, por sua vez, transmitem os resultados de volta ao solicitante. Tal como acontece com as máquinas Oracle, este processamento ocorre de forma descentralizada e segura, com o protocolo Qubic garantindo que os resultados podem ser confiados a um alto grau de certeza.
Smart Contract: De um modo geral, os contratos inteligentes são contratos autoexecutaveis que eliminam a necessidade de um terceiro como garantidor. Embora seja esperado que contratos inteligentes possam ser usados no futuro para substituir muitos tipos de contratos em papel do mundo real, até agora o caso de uso mais comum para contratos inteligentes é criar tokens virtuais. Embora a Qubic seja, naturalmente, capaz de suportar esses tipos de contratos inteligentes tradicionais, a combinação de transações sem taxas, juntamente com a computação baseada em quóruns de propósito geral, abre a porta para possibilidades inteiramente novas. Por exemplo, um contrato inteligente poderia ser usado para agregar dados de temperatura de diferentes oráculos a uma temperatura média, que é publicada periodicamente no Tangle.
O incentivo para tais dispositivos potentes realizarem a tarefa é a recompensa monetária estabelecida pelo dispositivo requerente. Mineradores de outras criptomoedas podem oferecer sua força computacional para fazer estes cálculos e serem recompensados da mesma forma, com a diferença de que o gasto de energia será para cálculos úteis ao invés de ser desperdiçado em quebra-cabeças criptográficos.
Um Qubic é, essencialmente, um pacote de tarefa computacional que pode ser delegado gratuitamente para qualquer dispositivo através de transações no Tangle. Qualquer indivíduo pode criar qubics, isto é, requisitar força computacional da rede para a realização de tarefas, dependendo do caso, este pode oferecer recompensas que servem de incentivos para os ‘mineradores’ da IOTA. Alguém interessado pode participar da ‘mineração’ facilmente especificando quanto de força computacional deseja disponibilizar e o mínimo de recompensa que deseja receber, quando um qubic com tal condição for encontrado o processo se iniciará.
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