Em momentos de crise parecidos com os que estamos vivendo agora, uma frase costuma ser destacada pelos investidores: cash is king (o caixa é rei, em tradução livre). É quando aumenta a busca por liquidez e por posições em moeda forte e, consequentemente, a venda de ativos considerados de risco, como ações e criptoativos.
O Bank of America divulgou sua pesquisa mensal com gestores de fundos, e essa pesquisa mostrou uma visão sombria do cenário macro atual entre os grandes gestores de dinheiro.
A pesquisa BofA FMS, realizada de 01 a 07 de abril, contou com mais de 180 participantes que representam quase US$550 bilhões (R$2.854 trilhões) em ativos sob gestão. A pesquisa captura a ansiedade de Wall Street em relação ao rumo do mercado, apontando que 93% dos participantes esperam uma recessão nos próximos 12 meses.
Além disso, 50% dos participantes esperam uma recuperação em forma de U, que normalmente demora alguns trimestres para ocorrer, contra 15% daqueles que esperam uma recuperação mais acentuada em forma de V.
O S&P 500 se valorizou mais de 26% desde 23 de março, apesar da pandemia ainda estar em curso. Entretanto, a incerteza paira sobre o mercado de ações dos Estados Unidos e outros ativos de risco, dada a possibilidade de uma segundo onda de infecções por coronavírus, o que poderia prolongar o fechamento de restaurantes, bares e eventos esportivos, que levou ao desemprego generalizado.
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Por fim, a pesquisa mostra que a ansiedade do mercado levou os investidores a buscarem a maior segurança em dinheiro, aumentando suas posições de caixa. Os níveis de caixa subiram para 5,9%, o nível mais alto desde os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.
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