Um investidor de criptomoedas perdeu cerca de R$ 200 mil em Bitcoin (BTC) após ser vítima de um golpe de chip clonado. A vítima, residente do Distrito Federal, acionou a operadora Claro na Justiça, que negou ter culpa no caso.
As criptomoedas da vítima estavam na exchange Binance, que não foi intimada para falar sobre o caso, que está em tramitação no Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF).
Entenda o caso
De acordo com o processo, o investidor notou que seu aparelho não estava mais recebendo ligações. Além disso, sua internet móvel também estava indisponível.
Então, a vítima entrou em contato com o suporte da Claro. Em seguida, optou por fazer uma portabilidade de número em uma loja física da Claro. Ou seja, migrar o número para um novo chip.
Conforme informou a vítima, a internet móvel ainda demorou cerca de 10 dias para ser restabelecida. E, menos de uma semana depois de a internet voltar a funcionar, o investidor acessou sua conta na Binance e viu que seus Bitcoins haviam desaparecido.
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Ao investigar o caso, o autor da ação descobriu que uma pessoa localizada em Franca, interior de São Paulo (SP), havia clonado o seu chip. Em seguida, esse indivíduo teria sacado os fundos depositados na exchange.
“[O autor] narra que em 11.12.2021 foram subtraídas 0.73229838 bitcoins de sua conta, quantidade de bitcoins que corresponde a US$ 34.640,64 (trinta e quatro mil seiscentos e quarenta dólares e sessenta e quatro cents). Relata que foi somente então que o segundo autor descobriu que seu chip havia sido clonado, habilitado em outro aparelho e utilizado para furtarem suas bitcoins. Explica que os criminosos conseguiram ter acesso à senha da corretora por meio da recuperação de senha por SMS”, diz o processo.
O que diz a Claro
A vítima alega que seu acesso à Binance contava com o mecanismo de autenticação de dois fatores por SMS, serviço operado pela Claro.
Por isso, ele entrou com um processo contra a operadora alegando falha na prestação de serviço. Na ação, o cliente da Claro pede que a Justiça condene a empresa ao pagamento de R$ 10 apenas por danos morais.
Em sua defesa, a Claro alegou não ter tido nenhuma culpa no caso de clonagem de chip. Ao mesmo tempo, acusou a Binance de ser responsável pelo roubo dos BTC.
Embora a Claro tenha pedido para ser excluída do processo, o juiz do TJDF não acatou o pedido. Além disso, solicitou que a operadora prove que não houve falha na prestação de serviço.
A Claro ainda pode recorrer da decisão em uma instância superior
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