A BWA é uma empresa que prometia altos rendimentos. Segundo ela, os rendimentos eram auferidos por meio de supostas transações com criptomoedas.
Contudo, desde o fim de 2019 seus investidores não recebem pagamentos. Dentre os diversos casos, um casal chama atenção. Juntos, eles depositaram mais de R$ 750 mil, sendo informado no processo que eram as economias da vida inteira do casal.
Entretanto, o homem faleceu antes de receber de volta o valor investido, sequer vendo o desenrolar do processo.
Casal foi enganado pela promessa de ganho alto
O processo corre na 12ª Vara Cível da Comarca de Santos/SP, cujos autos o CriptoFácil obteve acesso.
Na petição inicial, a defesa do casal afirma que R$ 337.938,38 foram investidos por um cônjuge, enquanto o outro investiu R$ 416.172,40 – totalizando R$ 754.110,78.
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A significativa quantia é a economia das vidas do casal somadas, dinheiro ao qual nunca tiveram acesso. Assim como diversos outros clientes, a BWA interrompeu os pagamentos antes que o casal pudesse receber.
Chama atenção, ainda, o fato de um dos cônjuges tristemente falecer antes de receber qualquer valor. De qualquer forma, foi requerida tutela de urgência no processo, a fim de bloquear bens e valores da BWA e seus sócios.
Neste sentido, a juíza Glauce Helena Raphael Vicente Rodrigues deferiu parcialmente o pedido. Desta forma, foi deferido o bloqueio de: dois imóveis; valores até R$ 754.110,78 por meio do Bacenjud; transferências de aeronaves em nome dos réus; e transferência de embarcações em nome dos réus.
Além disso, foi deferida a pesquisa e bloqueio de veículos em nome dos réus. No processo, além de figurarem como réus a BWA e seus sócios, a NegocieCoins ainda foi listada. Consequentemente, os bloqueios afetam a empresa.
Uma onda de bloqueios em face da BWA foi publicada no Diário de Justiça de São Paulo (DJSP) nesta segunda-feira, 18 de maio.
Quase R$ 5 milhões
De acordo com um processo que corre em segredo de justiça no Tribunal de São Paulo, foi deferido o bloqueio de R$ 4.335.699,89 da BWA e seus sócios. Os valores serão bloqueados em espécie e em bens.
Em outro processo, este em curso na 8ª Vara Cível da Comarca de Santos/SP, também foi requerido o bloqueio de valores. Nesta ação, foi requerido o bloqueio de R$ 525.173,92.
Entretanto, ainda não foi avaliado o pedido de bloqueio, feito por meio de tutela de urgência.
Enquanto isso, fontes afirmam que Paulo Roberto Ramos Bilibio está nos Estados Unidos, ao mesmo tempo em que os investidores da BWA amontoam demandas judiciais para tentar recuperar os valores investidos.
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