Uma megaoperação da Interpol, que ocorreu em várias partes do mundo, permitiu a apreensão de US$ 130 milhões em criptomoedas. Conforme revelou a Interpol, além de criptoativos, também houve apreensão de dinheiro em espécie proveniente de diversos grupos de cibercriminosos.
A operação recebeu o nome de HAECHI III e teve início em junho deste ano em mais de 30 países diferentes. A operação teve como objetivo recuperar fundos de pessoas prejudicadas pelos criminosos “por meio de uma ampla gama de crimes cibernéticos, financeiros e lavagem de dinheiro”, disse a Interpol.
Além disso, como parte das investigações, os agentes prenderam 975 suspeitos. Ao mesmo tempo, quase 2.800 endereços de criptomoedas e contas bancárias com suspeita de envolvimento com receitas ilícitas e crimes financeiros tiveram pedido de bloqueio.
Entre os crimes cibernéticos que os supostos criminosos empregaram estavam personificação de voz, bem como golpes românticos, sextortion, fraude de investimento e lavagem de dinheiro associada a jogos de azar online ilegais.
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Interpol e crimes com criptomoedas
Quem coordenou a ação foi o Centro Anticorrupção e Crimes Financeiros da Interpol com apoio das Centrais Nacionais da Interpol distribuídas em diversos países do mundo.
De acordo com a Interpol, os investigadores detectaram um crescimento de esquemas fraudulentos de investimento cometidos por meio de aplicativos de mensagens instantâneas. Neles, as informações criptografadas permitem que os usuários promovam o uso de carteiras de criptomoedas para pagamento.
“Na Áustria e na Índia, um grupo de criminosos online se passando por agentes da Interpol foi identificado cometendo crimes. Eles persuadiam as vítimas a transferir cerca de US$ 159 mil por meio de instituições financeiras, exchanges de criptomoedas e cartões-presente online”, detalhou o comunicado.
Conforme destacou a polícia, a ação mostra que a Interpol está envolvida na investigação de casos relacionados a criptomoedas. O grupo conta com a Interpol, o European Police Office (Europol) e o Basel Institute of Governance (IGB).
O principal objetivo desta colaboração é criar um grupo de especialistas em criptomoedas para determinar como eles podem ser usados para lavagem de dinheiro.