O bear market continua fazendo vítimas e, de acordo com dados da Bloomberg, a indústria de criptomoedas acumula mais de 7 mil demissões entre 2022 e 2023.
No início de janeiro de 2023, sete empresas do mercado de criptomoedas anunciaram fortes cortes de pessoal. Entre elas, as exchanges Coinbase, Blockchain.com, Crypto.com, Genesis e Huobi. Isso se soma à onda de demissões de funcionários que já havia sido iniciada em 2022.
De acordo com estimativas, já são mais de 7.000 pessoas que perderam seus empregos em empresas do setor de criptomoedas no ano passado. O numero pode ser ainda maior pois os dados da Bloomberg são baseados apenas em anúncios oficiais das empresas e não leva em consideração demissões ‘sem aviso’ como as que ocorreram na Binance, Bybit, entre outras.
Além disso não estão computadas demissões regionais como as ocorridas em plataformas nacionais, como as anunciadas pela exchange Mercado Bitcoin. As demissões ocorrem diante do bear market iniciado no ano passado, que se intensificou próximo ao final de 2022 com o colapso do FTX.
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Demissões
Entre as empresas do setor que mais fizeram cortes no último ano, estão a Crypto.com com 2.260 demissões e a Coinbase com 2.110. Demissões como as ocorridas na e Bitso do México, bem como Buenbit e Lemon Cash com números desconhecidos, não foram computadas.
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Outras demissões ‘globais’ também ficaram de fora como a da exchange europeia Bitpanda e da empresa de software baseada em Ethereum, a Consensys, com 270 e 100 demissões cada.
Além disso, no ano passado, outras empresas relataram cortes de empregos sem detalhar o número de demissões. Tem sido o caso, por exemplo, das exchanges Robinhood e CoinFLEX, bem como das mineradoras de bitcoin (BTC) Core Scientific e Compass Mining.
Portanto, estima-se que o número de pessoas que perderam seus empregos na indústria foi bem superior a 7.000. Também é preciso considerar as empresas do ecossistema que fecharam no ano passado, como a Bexplus, ou faliram, como FTX, BlockFi, Celsius e Voyager,
“7 mil não é nem perto do total de demissões do mercado. Esse número é bem maior. O mercado de criptomoedas tem passado por uma grande crise, e as empresas estão buscando maneiras de se adaptar e se manterem competitivas. No entanto, esses cortes de empregos são sempre um golpe duro para os funcionários”, afirmou Bárbara Distéfano.