Recentemente, uma igreja evangélica situada na Rússia foi condenada, em uma decisão do tribunal russo, a pagar uma taxa adicional por executar operações de mineração de criptomoedas dentro de seu espaço. Alegando que o gasto energético da igreja poderia impactar até mesmo a vizinhança, o fornecedor de energia Irkutskenegro, ao notar um aumento significativo de eletricidade no ano passado, acionou seus inspetores que foram até a igreja e encontraram hardwares de computação no espaço e então acionaram as autoridades.
Em sua defesa, a “Grace”, como é denominada a organização religiosa, esclareceu que a energia não era utilizada para qualquer atividade envolvendo criptomoedas, mas sim para fins de aquecimento e para produzir material religioso e pediu um reembolso de 1,1 milhão de rublos da empresa, que totalizam mais de US$16 mil. No entanto, o Tribunal de Arbitragem de Irkutsk não acolheu a defesa e indicou que o período de tempo em questão era durante o verão, então a explicação do “aquecimento” era improvável e determinou que a igreja deveria pagar uma taxa adicional pelo alto consumo de eletricidade relacionado à atividade de mineração.
A energia é muito mais barata para pessoas privadas e para certas organizações, incluindo igrejas, na Europa Oriental. De fato, a corte russa decidiu que, embora a igreja consuma mais eletricidade, ela ainda deve ser cobrada abaixo da taxa padrão, por conta deste “desconto” concedido a organizações religiosas. No entanto, o caso acendeu a luz dos mineradores que estão se perguntando como o Governo Federal Russo deve encarar o fato e que repercussão isso pode ter no ecossistema caso o Estado, pautado por este acontecimento, decida implementar taxas adicionais aos mineradores de criptomoedas.