A economia brasileira costuma ser bastante sensível às notícias e acontecimentos importantes do mundo.
Embora isso seja verdade para todos os países, as notícias negativas tendem a pesar mais para os países em desenvolvimento.
Isso acontece porque o mercado está menos consolidado nos países subdesenvolvidos. Logo, o cenário do mercado brasileiro é relativamente instável em comparação com o mercado estadunidense.
Porém, as notícias ruins nem sempre causam um impacto negativo no mercado.
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O IBOV, índice mede o desempenho das principais ações da B3 Bovespa, está subindo. Além disso, o dólar está em queda após uma semana de valorização.
IBOV sobe à espera da reforma administrativa
No gráfico, é possível observar o comportamento do IBOV no dia 01 de setembro.
Assim, o IBOV está subindo 2,66%, cotado a 102.016 pontos.
A principal razão para a disparada da B3 Bovespa, segundo o mercado, é a expectativa dos investidores com a reforma administrativa.
Isso acontece porque o Presidente Jair Bolsonaro afirmou, em entrevista coletiva, que pretende enviar o projeto da reforma administrativa ao Congresso ainda nessa semana.
Ainda não se sabe o conteúdo do projeto. No entanto, o mercado acredita que a reforma será capaz de enxugar parte dos gastos públicos.
O fim da estabilidade e a diminuição de proventos do funcionalismo público estão cotados como possíveis medidas da reforma administrativa.
De toda maneira, percebe-se que o mercado está subindo majoritariamente com base no rumor da possível reforma.
Não há como garantir que o projeto vai ser enviado ao Congresso nessa semana. Além disso, o conteúdo da reforma é desconhecido pelo mercado.
Dólar cai, mesmo com notícias negativas sobre o Brasil
O dólar está caindo 1,81% no momento da escrita desta matéria, cotado a R$ 5,39.
Geralmente, a moeda estadunidense é menos suscetível aos “boatos” quando comparada com o IBOV.
Contudo, duas notícias ruins não foram capazes de diminuir a confiança dos investidores no Brasil:
- A dívida líquida do setor público está superando 60% do PIB, pela primeira vez desde 2003;
- O PIB brasileiro despencou 9,7% no segundo trimestre, colocando o país na mesma situação econômica de 2009.
Naturalmente, a primeira notícia é “combatida” pela promessa de Bolsonaro de enxugar as contas públicas. Entretanto, a queda de 9,7% do PIB foi pior do que o esperado pelo mercado – que era uma queda de 9,4%.
Finalmente, é esperado que a economia brasileira apresente sinais de recuperação no terceiro e quarto semestres.
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