Um suposto trader esportivo de 22 anos, que teria dado um golpe de R$ 2 milhões em Bitcoin em 2 empresários, foi sequestrado por eles. O crime ocorreu em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, embora a polícia já tenha prendido os sequestradores.
De acordo com a Polícia Civil, os empresários teriam arquitetado o plano para tentar reaver os valores perdidos. Eles mantiveram o suposto golpista em uma cobertura de luxo alugada por R$ 10 mil no centro da cidade.
Após a vítima conseguir enviar o endereço de sua localização a familiares, a polícia conseguiu libertá-lo.
Entenda o caso
Segundo o delegado Ícaro Malveira, os empresários e sócios, de 35 e 41 anos, contrataram os serviços do trader para fazer apostas esportivas em um site.
Inicialmente, eles aportaram R$ 40 mil em criptomoedas. Como os retornos prometidos foram pagos, eles aumentaram o investimento, chegando a fazer apostas de R$ 400 mil.
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora
Em seguida, fizeram um empréstimo de 6 Bitcoins para realizar novas aplicações:
“Eles chegaram a investir aproximadamente R$ 2 milhões em criptomoedas. (…) Chegou ao ponto de um deles pegar um empréstimo de 6 Bitcoins, o que equivale a cerca de R$ 1,1 milhão. Esse empréstimo foi feito lá no Canadá e transferido direto para a conta do estelionatário e ele simplesmente sumiu com essas moedas.”
Assim, com o objetivo de reaver o prejuízo, os empresários sequestraram o trader. À polícia, ele contou que foi sequestrado em 29 de maio e só tinha acesso ao celular para ligar para a família pedindo dinheiro para devolver aos empresários. Seu irmão chegou a enviar R$ 50 mil para a conta dos sequestradores.
Em um momento de descuido, ele conseguiu enviar o endereço do condomínio onde estava aos familiares que procuraram a polícia.
Trader responderá por estelionato
Ao chegar no local indicado, o trader foi encontrado em um quarto sem acesso às chaves do imóvel. O segurança que o mantinha em cativeiro foi preso.
Ainda segundo a polícia, não há comprovações de que o trader aplicou os Bitcoins, de fato, nas apostas. Suspeita-se que parte do dinheiro tenha sido usado na compra de um Porsche Macan, avaliado em quase R$ 500 mil.
Os empresários tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça ainda no dia 1º de maio. Contudo, eles só se entregaram à polícia na terça-feira, mas negaram o sequestro.
Agora, os empresários responderão por extorsão mediante sequestro e estão no Presídio de Itajaí. Já o trader será indicado por estelionato. Segundo o delegado, ele cometeu o mesmo crime em São Paulo, sua cidade de origem.
Leia também: Investidor testa como ganhar criptomoedas de graça e revela resultados
Leia também: El Salvador e Paraguai: mas e o avanço do Bitcoin no Brasil?
Leia também: Felipe Neto entra no mercado de NFTs e lança plataforma de negociações