Em busca de proteção contra roubo para seus criptoativos, holders brasileiros têm buscado alugar cofres privados oferecidos por empresas especializadas em segurança. Segundo reportagem da Folha de São Paulo, este segmento (aluguel de cofres) que estava praticamente extinto no Brasil, começa a acenar uma recuperação com a instalação de novas empresas no setor.
Recentemente, a Sekuro inaugurou em São Paulo, um verdadeiro Bunker que conta com um labirinto de sete portas reforçadas por painéis blindados importados. Tudo só pode ser acessado com permissão de um sistema biométrico que lê cinco milhões de pontos da palma da mão e o fluxo sanguíneo de quem é autorizado a entrar no local, aponta a reportagem. Ali, pagando entre R$360 a R$1.200 por mês, brasileiros têm armazenado pendrives e hardwares contendo chaves privadas de Bitcoins.
O investimento pode parecer loucura num primeiro momento, no entanto, crimes envolvendo holders e detentores declarados de criptomoedas têm crescido em todo o mundo nos últimos anos impulsionado pela valorização das criptomoedas. Como mostrou o Criptomoedas Fácil, a KriptoBR, revendedora oficial das carteiras Trezor e Ledger no Brasil, teve boa parte de seu estoque furtado na madrugada de 29 de dezembro. O material estava na casa do proprietário da empresa, Jefferson Rondolfo, localizada no bairro Butantã, em São Paulo. Segundo Rondolfo, foram roubadas 150 unidades da Ledger Nano S e mais 35 da Trezor Modelo T.
No início de dezembro, na África do Sul, um investidor de Bitcoin, conhecido apenas como Andrew, foi convidado por um grupo de pessoas a realizar uma palestra sobre criptomoedas, no entanto, o convite não passava de uma “isca” para conduzir o investidor à uma propriedade onde os criminosos o imobilizariam, com um pano embebido com droga para dormir, e o levariam como refém para outro local onde foi torturado e espancado até quase a morte. Andrew só foi liberado quando transferiu aos criminosos seu saldo em Bitcoin.