Nesta terça-feira, 22 de outubro, mais uma vez, o Bitcoin fez bom uso da linha de suporte na região de US$7.800 para evitar a pressão de baixa. Pela quinta semana consecutiva, e com o preço do criptoativo lutando para manter-se acima dos US$8.000, a possibilidade de uma reversão de alta começou a aparecer no horizonte.
Em meio a tudo isso, a principal métrica de confiança dos mineradores está apresentando uma perspectiva otimista para o ativo no médio e no longo prazo.
O hashrate, o nível de atividade de mineração na rede do Bitcoin, aumentou 700% em comparação ao valor correspondente em meados de dezembro de 2017, quando o BTC abriu caminho para a maior alta de todos os tempos, chegando a ser cotado bem próximo dos US$20 mil.
O hashrate é frequentemente considerado um parâmetro para medir a confiança dos mineradores sobre a capacidade do Bitcoin de fazer progressos ascendentes. No entanto, a natureza dessa correlação de preço e hashrate é contestada dentro da comunidade de criptoativos, com alguns entusiastas alegando que a relação pode ser inversamente proporcional.
Por exemplo, conforme mostra o gráfico acima da BitInfoChart, parece que o sentimento na comunidade de mineração seguiu de perto o sentimento da comunidade de investidores no período de maio a junho de 2019. Como o preço começou em uma trajetória ascendente, mais poder de hash seguiu a trajetória.
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O preço continuou a subir nos meses seguintes, e o mesmo ocorreu com o hashrate – chegando à máxima histórica de quase 108,5 milhões de TH/s antes de 26 de setembro, como o CriptoFácil relatou na época.
Embora essas tendências pareçam ser a reação dos mineradores ao mercado, em vez de uma jogada estratégica de longo prazo, elas servem como uma ferramenta útil para determinar se o Bitcoin está caminhando para uma corrida de baixa ou alta.
À medida em que o Bitcoin começa a crescer, a mineração torna-se mais lucrativa, levando mais mineradores a ingressarem na rede. Eventualmente, eles acabam acumulando mais Bitcoin do que em cenários de baixa.
Portanto, com mais Bitcoin à disposição do que o habitual, uma parcela significativa desses mineradores vende parte de seu estoque por meio de exchanges. Entre outras vantagens, isso também garante um nível mais alto de liquidez para o ativo. Enquanto isso, à medida em que o Bitcoin começa a ganhar mercado, o preço do ativo adquire valor. Isso, por sua vez, incentiva ainda mais atividades de mineração na rede, levando a um aumento adicional no hashrate.
Esse ciclo de feedback positivo continua até que um fator externo faça com que o preço caia, quebrando assim a confiança nos lucros futuros dos mineradores. A correlação com o fator externo é arbitrária, desde manipulações de mercado até uma reação significativa na frente regulatória contra a classe de ativos descentralizados.
E isso nos conduz de volta ao estado atual da rede. Apesar de estar preso na faixa de US$7,8 mil a US$8,4 por semanas, o Bitcoin parece estar incutindo confiança suficiente nos mineradores para manter o hashrate flutuando em torno de 100 milhões de TH/s.
A consistência de poder da rede representa, para muitos, um indício de mais um ciclo de feedback positivo, o que poderia levar à mais liquidez e um aumento adicional no preço a médio prazo.
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