A empresa com foco em segurança de criptomoedas CertiK publicou nesta quarta-feira (05) um novo levantamento que reúne dados de ataques hackers, exploits e golpes no mercado cripto no segundo trimestre de 2023.
Conforme informou a empresa, hacks e golpes resultaram na perda de mais de US$ 313 milhões em ativos digitais tanto para plataformas da Web3 quanto para usuários. Em reais, isso equivale a mais de R$ 1,5 bilhão na cotação atual. O valor total drenado é similar ao valor do primeiro trimestre de 2023, quando agentes maliciosos drenaram US$ 320 milhões de protocolos cripto e usuários.
No entanto, o valor roubado no segundo trimestre representa uma queda de 58% em relação aos US$ 745 milhões perdidos no segundo trimestre de 2022. De acordo com o levantamento, houve ao todo 212 incidentes de segurança no trimestre.
E, embora tenha havido uma queda com relação ao valor em comparação com o segundo trimestre no ano passado, este último trimestre registrou um aumento no valor perdido em golpes de exit scam.
Este tipo de golpe ocorre quanto os operadores de um projeto ou plataforma de criptomoeda encerram subitamente suas operações, levando consigo os fundos dos investidores. Ao todo, esse incidente drenou US$ 70 milhões (R$ 340 milhões) no segundo trimestre de 2023. O valor equivale a mais que o dobro das perdas de golpes semelhantes no primeiro trimestre, que foi de cerca de US$ 31 milhões.
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Golpes e hacks em criptomoedas
Por outro lado, os ataques do tipo “flash loan” (ou empréstimo relâmpago) e de manipulação registraram uma forte queda no trimestre em comparação com o primeiro trimestre de 2023. O valor total roubado nesses tipos de incidentes caiu de US$ 222 milhões no primeiro trimestre para cerca de US$ 23 milhões no segundo.
Ou seja, houve uma queda de 89% de um trimestre para o outro. Vale destacar que no início do ano houve o hack ao protocolo Euler Finance, que contribuiu com 85% para as perdas. Conforme noticiou o CriptoFácil, em março deste ano, o Euler Finance sofreu uma perda de mais de US$ 196 milhões (R$ 1,2 bilhão) após um ataque de flash loan (empréstimo relâmpago).
Flash loan é um recurso que permite que criptomoedas sejam emprestadas sem garantia. Mas isso apenas se esses fundos forem devolvidos na mesma transação. A atividade, em si, não é ilegal e destina-se à negociação de arbitragem para uma melhoria da eficiência do capital. No entanto, os hackers abusam do flash loan para explorar certas vulnerabilidades em protocolos criptos.
Além disso, a CertiK também destacou que a BNB Chain foi a rede que mais sofreu ataques e golpes, com um total de 119 incidentes que resultaram na perda de US$ 70 milhões (R$ 340 milhões). Em segundo lugar, ficou a rede Ethereum com 55 incidentes e US$ 66 milhões (R$ 320 milhões) em perdas.