Os hackers voltaram a atacar, desta vez invadindo a exchange centralizada de criptomoedas M2, de onde roubaram US$ 13,7 milhões em ativos digitais. Em um comunicado divulgado em 31 de outubro, a M2 informou que já resolveu a situação e que restituiu todos os fundos dos clientes.
“Assumimos total responsabilidade por eventuais perdas, demonstrando nosso compromisso em proteger os interesses de nossos clientes. Todos os serviços estão funcionando normalmente, agora com controles adicionais de segurança”, afirmou a empresa.
Os invasores conseguiram acessar carteiras digitais conectadas à internet (hot wallets) e roubaram Bitcoin, Ethereum e Solana. ZachXBT, um investigador de segurança conhecido na comunidade de criptomoedas, compartilhou informações sobre o ataque em 1º de novembro, revelando detalhes sobre os ativos roubados.
Este ataque ocorre apenas quatro meses após um incidente semelhante em que hackers roubaram mais de US$ 230 milhões da exchange indiana WazirX, marcando o segundo maior hack de criptomoedas de 2024.
Crescente onda de ataques em criptomoedas
Os ataques a exchanges e plataformas de criptomoedas se tornaram uma das maiores barreiras para a expansão do uso de criptos em larga escala.
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De acordo com um relatório da Crystal Intelligence, até junho de 2024, o setor registrou aproximadamente US$ 19 bilhões em prejuízos devido a 785 incidentes de hacking. O maior roubo individual até hoje foi o esquema de fraude Plus Token, em 2019. Na ocasião, os criminosos roubaram US$ 2,9 bilhões em Bitcoin e Ether.
Em fevereiro de 2024, um ataque de US$ 290 milhões à plataforma PlayDapp foi o maior hack do ano. Enquanto isso, um golpe de investimento na exchange JPEX em Hong Kong resultou na perda de US$ 194,3 milhões, sendo considerado o maior esquema de fraude desse tipo.
Além disso, os dados indicam que 2024 pode superar 2023 em volume de criptomoedas roubadas, com o primeiro trimestre registrando um aumento de 42% em comparação ao mesmo período do ano anterior, totalizando US$ 542,7 milhões em perdas.
Exchanges centralizadas são o alvo principal
As exchanges centralizadas, como a M2, estão entre os alvos mais comuns de hackers devido ao alto valor em ativos que mantêm.
Embora as plataformas descentralizadas também sofram com ataques, os maiores incidentes ocorrem com frequência em exchanges centralizadas, onde grandes volumes de ativos permanecem vulneráveis em carteiras conectadas à internet. Apenas em 2023 e 2024, os dez maiores hacks em finanças descentralizadas (DeFi) somaram cerca de US$ 579 milhões em perdas.