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Caso de Polícia

Hacker preso por ameaçar youtuber Felca recebia criptomoedas como pagamento

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Após ser preso por suspeita de ameaçar o youtuber Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, o hacker Cayo Lucas Rodrigues dos Santos negou autoria das ameaças. Contudo, ele confessou, em depoimento à Polícia Civil, que invadia sistemas do governo para vender dados de forma indevida. Além disso, contou que recebia pagamentos em criptomoedas.

O relato, registrado na Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos, mostra que Cayo disse ter arrecadado mais de R$ 500 mil em criptomoedas apenas com esse tipo de atividade. Ele foi preso em Olinda, pela Polícia Civil de São Paulo, suspeito de enviar e-mails com ameaças ao youtuber. Felca publicou um vídeo denunciando casos de exploração e abuso de crianças e adolescentes na internet.

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Conforme o depoimento, o hacker relatou que fraudava acessos a sistemas como o “Polícia Ágil”, da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS); o “CadSUS”, do governo federal; e o “CEREBRUM”, da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará.

Cayo contou que oferecia diversos “serviços” ilegais, entre eles emissão e revogação de mandados de prisão; inclusão de dívidas no Serasa e alterações no Sistema Único de Saúde (SUS) e na Receita Federal.

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Fonte: G1

Hacker que ameaçou Felca recebia pagamentos em criptomoedas

O hacker afirmou que sua principal fonte de lucro era a retirada de mandados de prisão do Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP). Ele cobrava cerca de R$ 15 mil por alvará de soltura e disse ter expedido mais de 50 ordens dessa forma. Além disso, também oferecia a exclusão do nome de pessoas dos registros do BNMP por R$ 3 mil.

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Cayo explicou que tinha acesso às contas de magistrados, passando pelo duplo fator de autenticação ao invadir e-mails de juízes. Também relatou que vendia bases de dados pelo Telegram por cerca de R$ 50 mil.

Sobre a forma de recebimento, Cayo declarou que não hackeava bancos. No entanto, ele utilizava “laranjas” para receber valores em contas de terceiros, que ficavam com 20% do total. Quando havia recusa em repassar os valores, ele bloqueava as contas pelo Sistema de Busca de Ativos do Poder Judiciário (Sisbajud).

O hacker destacou ainda que costumava receber pagamentos em criptomoedas e disse ter acumulado cerca de R$ 500 mil em ativos digitais. Contudo, a polícia apreendeu esses valores em junho de 2025.

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Durante a prisão, outro suspeito, Paulo Vinicios Oliveira Barbosa, também foi detido em flagrante, após ser encontrado com o sistema da SDS aberto em seu computador. Segundo Cayo, o amigo fazia apenas consultas de dados, cobrando cerca de R$ 20 por acesso.

A Polícia Civil investiga o envolvimento de Cayo e Paulo na comercialização de credenciais para acessar sistemas de segurança em todo o Brasil, além da venda de informações sigilosas. O hacker também é alvo de investigação por exploração sexual de crianças e adolescentes e pela possível relação desse crime com as ameaças enviadas a Felca em 16 de agosto.

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