O ministro da Economia desistiu de seguir com o novo imposto sobre transações financeiras, conhecido popularmente como “nova CPMF”. O imposto afetaria inclusive transações com criptomoedas.
Em videoconferência, transmitida na quinta-feira (27), Paulo Guedes declarou que “não brigaria” pela implementação do tributo. O ministro também garantiu que o tema não será incluído no texto da Reforma Tributária.
Além dos debates políticos, os participantes da reunião foram surpreendidos por hackers na sala virtual.
Desistência da “nova CPMF”
Durante a videoconferência “Diálogos com a Indústria”, realizada pela Coalizão da Indústria, Guedes disse que não seguirá com a “nova CPMF”.
Segundo o ministro, ele foi voto vencido na criação do novo imposto em transações financeiras.
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“Houve um impedimento a respeito de um imposto de transações, que eu contava para permitir a redução dramática de encargos trabalhistas. Se foi interditado, não vou brigar por ele. Estamos em uma democracia”, disse.
A proposta requisitava um tributo de 0,2% em cima de todas as operações financeiras em solo brasileiro. Caso aprovado, o projeto possivelmente afetaria as negociações com criptomoedas, como o Bitcoin.
Reforma tributária
As propostas de Guedes já vinham encontrando resistências, inclusive entre os aliados do governo Bolsonaro. Em meio à dificuldade de levar o projeto adiante, o Ministro da Economia desistiu da taxa.
Contudo, ele ainda planeja seguir com a criação de novos impostos dentro do texto da Reforma Tributária. O ministro defende tributos sobre o consumo de fases, sendo o primeiro uma alíquota única para o PIS-Cofins.
Guedes também sugere a inclusão de taxas sobre o Imposto de Renda e o passaporte tributário, tópicos já levados aos presidentes da Câmara e do Senado.
Como relatou o Cointelegraph Brasil, a previsão é que os temas sejam discutidos no Congresso por 30 a 60 dias.
“Há uma boa perspectiva em fazermos uma reforma interessante e relativamente rápida. Ou seja, este ano ainda. Acho que estamos progredindo bastante e os passo são todos razoáveis na direção de que não vai ter susto para ninguém. […] Com os municípios vamos levar um pouco mais de tempo, mas estamos progredindo. Estou bastante otimista com o andamento dessa reforma”, disse o ministro.
Reunião invadida
Em determinado momento da reunião, os participantes foram surpreendidos por hackers que divulgaram imagens e frases obscenas. No entanto, a Coalizão da Indústria disse que não houve nenhuma interferência na transmissão para o público.
Por fim, a plataforma Zoom lamentou o ocorrido e orientou que links de videoconferências privadas não sejam compartilhados.
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