De acordo com um pedido de habilitação feito no dia 24 de janeiro no processo de recuperação judicial do Grupo Bitcoin Banco (GBB), seu ex-diretor jurídico ingressou como credor no procedimento. Ismair Junior Couto, além de se habilitar como credor, suscita uma divergência de crédito em sua petição.
Couto, que é ex-diretor jurídico do GBB, ingressou com o pedido como classe I (crédito trabalhista) em face da empresa Bitcurrency – referida no relatório inicial sobre a recuperação judicial como o “Bitcoin Banco”. Seu crédito já consta na segunda lista de credores, publicada pela administradora judicial EXM Partners, e equivale a R$20 mil.
Além dos créditos trabalhistas, Couto também possui créditos classe III (quirografário) em face da Bitcurrency, no valor de R$51.647,61. À época de sua saída do Grupo Bitcoin Banco, Couto prestou a seguinte declaração para o CriptoFácil, já dando a entender que o GBB estava insolvente quanto aos serviços prestados:
“O GBB está em franca recuperação judicial e sem condições, no momento, de continuar honrando, com regularidade, com contratos envolvendo alta remuneração. Foi a forma que encontrei de dar a minha colaboração.”
Após visualizar a habilitação do ex-diretor jurídico do GBB, o CriptoFácil entrou em contato com Couto para questionar se foi feita uma tentativa de acordo extrajudicial junto à empresa. O advogado respondeu:
“Não conversei porque esse é o procedimento jurídico. O GBB está de mãos atadas, já que está sob recuperação judicial. Se o GBB fizer algum acordo extrajudicial dos créditos que foram levados a Juízo, os gestores poderiam ser responsabilizados e até penalizados com a falência.”
Desta forma, Couto ressalta que se habilitou no processo de recuperação judicial por ser o meio adequado para reivindicar seus créditos na fase em que se encontra o GBB atualmente. Ele completa:
“Eu me habilitei porque há uma divergência no crédito. E a via correta nestes casos é a habilitação, indicando divergência, tal como fiz.”
A habilitação de Couto é apenas a forma correta de manifestar seu direito sobre os créditos que lhes são devidos, segundo o que afirma o advogado em suas declarações.
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