A Grayscale Research, gestora líder no mercado de criptoativos, divulgou seu relatório trimestral destacando as principais escolhas para o terceiro trimestre de 2025. A lista dos “Top 20” ativos digitais, que visa identificar projetos com alto potencial de desempenho, trouxe duas novas adições: Avalanche (AVAX) e Morpho (MORPHO), substituindo Lido DAO (LDO) e Optimism (OP).
Adições: AVAX e MORPHO
Avalanche (AVAX) entra na lista graças ao forte crescimento de seu ecossistema, que registrou aumento expressivo no volume de transações e adoção orgânica. Dois fatores principais impulsionaram esse desempenho: a integração do popular jogo MapleStory e o expressivo volume de transações envolvendo stablecoins.
Além disso, a Grayscale destacou que, embora não haja certeza sobre a sustentabilidade desse crescimento, o movimento positivo reforça a posição competitiva da Avalanche no setor de plataformas de contratos inteligentes.
Enquanto isso, o Morpho (MORPHO), protocolo de empréstimos descentralizados, chamou a atenção dos analistas da gestora pelo crescimento acelerado. Com receita anualizada de taxas em cerca de US$ 100 milhões e Valor Total Bloqueado (TVL) acima de US$ 4 bilhões, o projeto se tornou o segundo maior no segmento de empréstimos.
A próxima versão, Morpho V2, que visa atrair instituições financeiras tradicionais para o DeFi, também foi um fator decisivo para sua inclusão na lista de promessas da Grayscale.
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Remoções: LDO e OP
Lido DAO (LDO) e Optimism (OP) saíram da lista devido a incertezas de curto prazo. No caso da Lido, a possível concorrência de provedores centralizados de staking, em um cenário de mudanças regulatórias nos EUA, foi um ponto crítico. Além disso, a Optimism, embora seja líder em soluções de Layer 2 para Ethereum, enfrenta desafios em relação à monetização de seu token nativo (OP) e à interoperabilidade com outras redes.
O relatório destacou que o segundo trimestre de 2025 foi marcado por movimentos diferentes nos setores de criptomoedas. A gestora, que utiliza uma metodologia própria desenvolvida em parceria com a FTSE/Russell, classificou os ativos digitais em seis categorias principais, cada uma com características e propósitos distintos.
Crescimento por setor
No setor de Currencies (Moedas), destacam-se ativos como Bitcoin (BTC), XRP e Zcash, que funcionam principalmente como reserva de valor ou meio de troca. Já as plataformas de Contratos Inteligentes (Smart Contract Platforms) incluem redes como Ethereum (ETH), Solana (SOL) e Avalanche (AVAX), que servem como base para aplicações descentralizadas.
Em terceiro lugar, vem o segmento Financials (Finanças) engloba projetos DeFi como Aave, Uniswap e Morpho, especializados em empréstimos, negociação e serviços financeiros.
A quarta categoria é o Consumer & Culture (Consumo e Cultura), com tokens voltados para jogos, NFTs e entretenimento, como ApeCoin e Decentraland. A quinta e mais nova é o Artificial Intelligence (Inteligência Artificial), um novo segmento que inclui criptoativos como Bittensor (TAO) e Near focados em IA descentralizada.
Por fim, vêm as Utilities & Services (Utilitários e Serviços), com projetos como Chainlink (LINK) e Helium (HNT) que fornecem infraestrutura essencial para blockchains.
Analisando o desempenho por setor, o relatório mostrou que Currencies foi o que apresentou melhor resultado, impulsionado principalmente pela valorização de 30% do Bitcoin no período. Além disso, a Grayscale destacou o novo setor de Inteligência Artificial (IA), com 24 ativos e capitalização de US$ 15 bilhões, que registrou crescimento, ainda que moderado.
Enquanto isso, o segmento de Consumer & Culture e Utilities & Services enfrentaram quedas, pressionados especialmente pelo fraco desempenho de memecoins e tokens relacionados a jogos.