Como revelou o escândalo da Cambridge Analytca, os dados são o novo petróleo da indústria da informação e um dos casos de uso que tem sido estudado em termos de aplicabilidade da tecnologia blockchain é justamente a proteção desses dados e informações.
Infelizmente, o Brasil está na vanguarda no vazamento de informações e segundo o Ministério Público do Distrito Federal, a Serpro, Serviço Federal de Processamento de Dados, órgão do governo responsável pela unificação de cadastros dos cidadãos, estaria vendendo informações para empresas privadas e também para outras instituições oficiais, o que teria levado, inclusive, à exposição de dados de cidadãos na internet.
Segundo Ronaldo Lemos, órgãos pagariam até R$1 milhão para ter acesso às informações recolhidas pelo governo. O Ministério Público abriu uma investigação oficial sobre o caso. A Serpro, por sua vez, confirmou a venda de dados, mas disse que esse processo acontece dentro dos limites determinados por lei.
Segundo a reportagem, o Brasil tornou-se o primeiro país no mundo a admitir oficialmente a venda de dados de seus cidadãos. Além disso, o promotor Frederico Ceroy, responsável pelo caso, ressaltou os ganhos financeiros oriundos da passagem de dados armazenados por um órgão público a outro setor da administração federal, um esquema que chamou de “negócio milionário”.
Como mostra o CanalTech, em nota oficial à imprensa, a Serpro repudiou a divulgação da investigação e disse que sua atuação e prestação de serviços ao governo e à sociedade estão sendo distorcidos. O serviço admitiu o compartilhamento das informações com outros órgãos públicos e continua afirmando que não há irregularidades nesse tipo de atividade, um processo que diz ser amparado por dispositivos legais. O órgão completou afirmando jamais ter agido de forma a quebrar o sigilo e a segurança individual dos cidadãos.
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