O Google confirmou sua participação ativa nos testes do Drex e defendeu o papel da inteligência artificial (IA) como pilar essencial para o futuro financeiro do Brasil. Durante o evento FinFacts, promovido pelo Google Cloud na terça-feira (27), em São Paulo, Rafael D’Avilla, head de vendas de serviços financeiros, explicou que a empresa atua junto a parceiros integrados aos consórcios do Drex.
Ele afirmou que o Google participa de projetos-piloto focados na gestão de ativos, automação de processos e infraestrutura de dados. De acordo com D’Avilla, antes da implementação plena do Drex, também chamado de Real Digital, haverá a maturação do Open Finance, promovendo, assim, a convergência entre modelos de crédito, oferta de produtos e personalização de serviços.
O executivo reforçou que, para alcançar esse nível, as instituições precisam treinar modelos de IA com dados captados. Desse modo, conseguirão elevar a precisão das recomendações e fortalecer a proteção contra fraudes. De acordo com ele, quanto mais variáveis forem analisadas, maior será a capacidade de oferecer soluções personalizadas para cada cliente.
D’Avilla acredita que a IA será a base da integração das principais inovações financeiras, como Pix, Open Finance e Drex, criando um ecossistema unificado e eficiente.
Ele também defendeu que a transformação digital exige mudanças na cultura organizacional, democratizando o uso da IA. Assim, garantindo que todos os sistemas se comuniquem de forma fluida. D’Avilla enfatizou que essa integração permitirá oferecer um serviço financeiro completo, centrado no cliente.
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Google integra o DREX e aposta em IA
Para ele, o sistema financeiro vive um momento de intensa competitividade, impulsionado pela exigência dos consumidores por agilidade e personalização em todas as interações.
“Ninguém aceita mais processos burocráticos. Queremos soluções rápidas e personalizadas, alinhadas ao nosso perfil e necessidades”, afirmou D’Avilla.
O executivo explicou que a estratégia do Google se apoia em três pilares fundamentais: personalização fina, automação de processos internos e segurança ampla contra riscos e fraudes. No primeiro pilar, a empresa quer usar a IA para oferecer soluções sob medida, ajustadas ao momento exato da jornada de cada cliente, elevando a experiência.
O segundo pilar busca automatizar processos de middle e back office. Dessa forma, busca garantir eficiência operacional e respostas rápidas às demandas dos consumidores. Por fim, o terceiro pilar foca em uma abordagem robusta de segurança, indo além da gestão de risco de crédito para prevenir fraudes de forma abrangente.
Fernanda Jolo, Head de Customer Engineer do Google Cloud, afirmou que a evolução tecnológica obriga as empresas a adotarem uma abordagem de inovação. Além disso, elas devem se ajustar rapidamente às novas demandas. Ela lembrou que, há pouco tempo, as empresas consideravam chatbots uma inovação, mas hoje o mercado exige soluções multimodais que compreendem voz, imagem e dados em tempo real.
A executiva destacou que o Open Finance oferece uma fonte rica de dados para personalização, mas poucas instituições aproveitam plenamente esse potencial para transformar a experiência do cliente. Ela defendeu ainda que as empresas precisam superar o teatro dos chatbots engessados e democratizar a IA em toda a organização, garantindo escala, eficiência e personalização verdadeira.
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