O Google é uma das corporações que mais investe em empresas de Blockchain, de acordo com relatório publicado em 17 de outubro pela CB Insights, empresa de dados de mercado norte-americana.
Além de ser a tecnologia base do Bitcoin, a Blockchain também tem se desenvolvido com a visão de atender diversas indústrias e possibilitar processos mais rápidos e baratos.
O número total de corporações que investe em empresas de Blockchain atingiu o recorde de 91, logo atrás das 95 corporações que investem em capital de risco. Somente este ano, já são somados 42 negócios de investimento de capital realizados por corporações, totalizando US$327 milhões. Durante todo o ano de 2016, foram US$390 milhões investidos em empresas de blockchain.
A SBI Holdings, companhia japonesa de serviços financeiros, é a mais ativa entre as investidoras em blockchain, com participação em oito empresas. Dentre elas, estão a R3, um consórcio de bancos que trabalham em novas aplicações para a tecnologia, e a Kraken, corretora de criptomoedas.
O Google é a segunda corporação que mais aposta na tecnologia, com investimentos na empresa de carteiras de bitcoin, Blockchain.info, e na Ripple, empresa de transferência de dinheiro que utiliza a tecnologia como meio.
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A Overstock.com é a terceira do ranking, enquanto os bancos norte-americanos Citi e Goldman Sachs ocupam o quarto e quinto lugar, respectivamente. Ambas empresas investem na Digital Asset Holdings, que é administrado pela antiga executiva da JPMorgan Chase, Blythe Masters.
“Grandes bancos e empresas de serviços financeiros foram as primeiras corporações a realizarem investimentos diretos em Blockchain”, observa a CB Insights. As instituições financeiras estão experimentando maneiras de usar a tecnologia Blockchain, seja para transações como para movimentações de dinheiro.
Desde junho de 2014, os 10 maiores bancos em ativos dos Estados Unidos participaram de nove rodadas de investimentos, totalizando US$267 milhões de fundos arrecadados para seis empresas de Blockchain, segundo relatório da CB Insights. Ao mesmo tempo, muitos bancos fazem parte de consórcios com o objetivo de explorar e desenvolver a tecnologia. Hyperledger, Enterprise Ethereum Alliance, Ripple e R3 são as empresas de Blockchain que possuem consórcio com bancos.
O crescente número de empresas de Blockchain e o interesse pela tecnologia também trouxeram mais investimentos de outras fontes, como, por exemplo, as ofertas iniciais de moedas (ICOs, na sigla em inglês). Até agora, em 2017 houve 188 ofertas que somam o valor de mais de US$820 milhões, enquanto durante todo o ano de 2016 foram 138 ofertas no valor total de US$545 milhões, disse a empresa de dados de mercado.
As ICOs têm crescido rapidamente. O total de fundos arrecadados pelas ofertas superou o total de fundos arrecadados pelo financiamento de capital próprio tradicional pela primeira vez no segundo trimestre de 2017, disse a CB Insights. Mais de US$3 bilhões foram arrecadados, de acordo com o Coinschedule, site que rastreia as ofertas.
O número de empresas que foram iniciadas com investimentos tradicionais, e não ICOs, diminuiu nos últimos anos. De 103 empresas de Blockchain que receberam financiamento tradicional em 2013 e 2014, apenas 28 conseguiram arrecadar mais dinheiro. Em comparação, das 1.098 empresas de tecnologia, rastreadas pela CB Insights, que receberam investimento nos Estados Unidos entre 2008 e 2010, 46% conseguiram uma segunda rodada de financiamento.
“A consolidação da Blockchain pode ser demorada, com as empresas de Blockchain falhando em uma taxa maior do que as startups de tecnologia em outras áreas”, diz o relatório.