O Google reforçou sua presença no setor de mineração de Bitcoin ao apoiar um acordo que garante à empresa uma fatia de mais de 5% na mineradora Cipher, listada na Nasdaq. O movimento ocorre por meio de um contrato assinado entre a Cipher e a provedora de serviços em nuvem de inteligência artificial Fluidstack.
De acordo com o anúncio, o entendimento prevê um compromisso de 10 anos de colocation de computação de alto desempenho (HPC) no site da Cipher em Barber Lake, localizado em Colorado City, Texas. Enqaunto isso, a mineradora fornecerá 168 megawatts (MW) de carga crítica de TI, com capacidade total de até 244 MW.
Google e mineração de Bitcoin
A fim de viabilizar o projeto, o Google garantirá US$ 1,4 bilhão das obrigações de leasing da Fluidstack. Isso dará suporte ao financiamento da dívida relacionada à operação. Como contrapartida, o grupo de tecnologia receberá warrants para adquirir cerca de 24 milhões de ações ordinárias da Cipher, o equivalente a 5,4% de participação pro forma.
O mercado de mineração de Bitcoin tem buscado diversificação, sobretudo diante das oscilações no preço da criptomoeda e do alto consumo energético da atividade. Nos últimos anos, parte da infraestrutura dos mineradores passou a ser direcionada também a data centers de HPC e inteligência artificial. Vale destacar que esses segmentos exigem processamento em larga escala.
No caso da Cipher, o acordo com a Fluidstack e o respaldo financeiro do Google reforçam a estratégia de ampliar a atuação nesse setor. De acordo com o CEO da empresa, Tyler Page, a parceria representa apenas a primeira de uma série de iniciativas que devem fortalecer a posição da mineradora no mercado de HPC.
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Ações em queda no mercado
Apesar do anúncio, os papéis da Cipher (CIFR) fecharam em queda de 9% na quinta-feira, cotados a US$ 12,81, conforme dados do Yahoo Finance. O Google não comentou publicamente o negócio.
Essa não é a primeira movimentação da Big Tech no setor. Em agosto, a TeraWulf, outra mineradora de Bitcoin, revelou que o Google ampliou seu respaldo financeiro em US$ 1,4 bilhão, elevando a exposição total a US$ 3,2 bilhões e obtendo opção de compra de 32,5 milhões de ações.
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