O Goldman Sachs já faz parte do folclore dos entusiastas de criptomoedas.
Isso acontece porque, há pouquíssimo tempo, o Banco era extremamente crítico ao Bitcoin e demais criptomoedas.
No mês de maio, o Sachs publicou um documento no qual afirmava que o Bitcoin “não é um ativo”, tampouco um “investimento viável”.
Na época, o documento gerou muito burburinho na comunidade cripto. Os entusiastas acusavam o banco de adotar uma visão de “reserva de mercado” sobre as finanças, a favor dos ativos tradicionais.
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No entanto, recentemente, o Sachs “virou a casaca” e passou a recomendar o Bitcoin para os seus clientes.
Agora, parece que o Banco está indo mais além: um dos diretores recém-contratados da instituição vê o blockchain como o futuro das finanças. Além disso, ele já cogita a criação de uma stablecoin do Sachs.
Em 10 anos, blockchain pode dominar as finanças
Matthew McDermott é nome do novo Gerente de Ativos Digitais do Goldman Sachs.
O interessante é que o executivo possui uma visão moderna, quanto ao futuro do sistema financeiro.
Assim, numa tradução livre, ele declarou o seguinte:
Nos próximos 5 a 10 anos, será possível observar um sistema financeiro no qual todos os ativos e passivos serão nativos a um blockchain. Assim, todas as transações acontecerão na rede. O que você faz hoje, no universo físico, poderá ser feito digitalmente. Isso criará uma grande eficiência. Além disso, poderá se emitir dívidas, securitizações, empréstimos… Essencialmente, você terá um ecossistema de mercados financeiros digitais. As opções são vastas.
Dessa maneira, a visão de McDermott sobre o futuro das finanças passa, obrigatoriamente, pela adoção do blockchain.
Sachs poderá criar uma stablecoin
Além das palavras acima, Matthew afirmou que o Banco está “exporando a viabilidade comercial de criar o seu próprio token fiduciário digital”.
Em outras palavras: ele está pensando em criar um stablecoin do Goldman Sachs. Vale lembrar que as stablecoins são criptomoedas.
A diferença, em relação ao Bitcoin, é o de que o valor da stablecoin é atrelado a uma moeda fiduciária, como o dólar ou o euro, ao invés de flutuar livremente.
De todo modo, a notícia é extremamente importante para a comunidade cripto.
Caso o Sachs crie a sua própria moeda, é esperado que diversos investidores tradicionais entrem para o mercado cripto.
Para esses investidores, o apoio de um banco tradicional é importante para dar “segurança” ao mercado de criptomoedas.
Por isso, é importante ficar de olho nos próximos movimentos da instituição.
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