Glaidson Acácio dos Santos, dono da empresa GAS Consultoria Bitcoin, e outras 21 pessoas foram indiciadas por crime contra o sistema financeiro nacional, lavagem de dinheiro e gestão temerária ou fraudulenta. O resultado do inquérito foi divulgado pela Polícia Federal na noite de quinta-feira (23).
De acordo com o G1, entre os indiciados está Mirelis Yoseline Diaz Zerpa, esposa e sócia do ex-garçom que está foragida. A PF afirma que, atualmente, a venezuelana encontra-se nos Estados Unidos.
GAS e Operação Kryptos
A GAS Consultoria Bitcoin é uma empresa com sede em Cabo Frio, no Rio de Janeiro, que promete altos rendimentos com supostas aplicações em Bitcoin. Contudo, a suspeita é de que a companhia atue como um esquema de pirâmide financeira.
No dia 25 de agosto, conforme noticiado pelo CriptoFácil, a PF deflagrou a Operação Kryptos. A ação culminou com a prisão de Glaidson e de outros envolvidos. Ministério Público Federal (MPF) e Receita Federal apoiaram a operação.
As investigações contra o ex-garçom tiveram início no final de abril deste ano. Na época, a PF apreendeu cerca de R$ 7 milhões com um casal em Búzios.
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O montante estava distribuído em três malas com Glaidson e Mirelis que estavam prestes a embarcar em um helicóptero para São Paulo.
Aos policiais, o casal afirmou trabalhar em uma empresa especializada em criptomoedas sediada em Cabo Frio. Eles prestaram depoimento, mas foram liberados.
O valor, embora alto, não se equipara ao montante apreendido no fim de agosto na casa de Glaidson. Na operação Kryptos, a PF apreendeu cerca de R$ 15,3 milhões em dinheiro vivo.
Além disso, foram apreendidos R$ 150 milhões em Bitcoin em posse do ex-garçom. Segundo a PF, esta é a maior apreensão de criptomoedas da história do Brasil.
R$ 38 bilhões movimentados
As investigações apontam que o esquema montado por Glaidson, ex-pastor da Igreja Universal, movimentou R$ 38 bilhões.
Atualmente, as contas do dono da GAS e das outras empresas do grupo estão bloqueadas. Por conta disso, a empresa parou de repassar os rendimentos aos clientes e anunciou que só voltará a fazê-lo quando as contas foram desbloqueadas.
De acordo com um do GLOBO, desde a operação que prendeu Glaidson, quase 300 processos foram protocolados na Justiça contra ele. Os R$ 38 bilhões bloqueados poderão ser usados para reembolsar as vítimas.
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