A utilização da blockchain para rastrear a cadeia de suprimentos e a logística dos produtos tem avançado muito e diversas empresas por todo o mundo têm buscado na tecnologia aumentar a confiabilidade de seus processos.
A mais recente dessas empresas é a DHL, gigante alemã da área de logística, que tem ampla atuação no Brasil, que vem fazendo testes em blockchain para rastrear medicamentos, um mercado que sofre muitas dificuldades em seu transporte, pois as cargas de remédios são muito visadas para roubos e adulterações.
“É um segmento com uma complexidade sem fim”, define estudo da Accenture e da DHL sobre o uso da blockchain na logística. A entrega de um simples frasco de xampu envolve, por exemplo, a geração do pedido, do comprovante de pagamento, da nota fiscal, da ordem de frete e a prova de recebimento. Da origem do produto até a entrega ao consumidor, há muitas chances de adulteração e erros. “A ideia é automatizar tudo”, diz Guilherme Horn, líder de inovação da Accenture, ao jornal Valor Econômico.
“O principal objetivo é garantir que o remédio chegue à farmácia ou ao hospital sem sofrer alterações. A vida de muitas pessoas depende disso”, afirma Alex Tosetto, diretor sênior de tecnologia da informação da DHL Supply Chain na América Latina. Na rede criada, todos os envolvidos (indústria farmacêutica, operador logístico e cliente) enxergam onde está a carga. Dependendo do medicamento, dá para controlar e rastrear cada dose.
A blockchain é mais uma peça no arsenal da DHL. “Sem inovação, não há como sobreviver”, diz Tosetto. A empresa criou uma força-tarefa global para acelerar a transformação digital na companhia. “Todas as regiões receberão aportes. Nossa meta é criar uma plataforma integrada de tecnologia”. Para entrar de cabeça na indústria 4.0, a operadora logística pretende intensificar a automação dos armazéns, ampliar o uso de internet das coisas e aplicar inteligência artificial para destrinchar processos em busca de melhorias.
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