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Gato de energia é usado para minerar Bitcoin em São Paulo

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Embora a escassez de chips para equipamentos de mineração de Bitcoin esteja causando problemas para o setor, a atividade tem se mostrado bastante lucrativa de modo geral.

De acordo com a empresa de análise Glassnode, atualmente, a receita diária dos mineradores é de US$ 33 milhões. Na cotação em reais, o valor supera os R$ 180 milhões.

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Este mercado vem crescendo movido pelo aumento da demanda por Bitcoin e atraindo mais interessados em minerar criptoativos.

Exemplo disso é um brasileiro, morador de Paraisópolis, favela localizada em São Paulo, que fez um “gato” de energia (ligação clandestina) para minerar Bitcoin e Ethereum (ETH).

Mineração de Bitcoin e Ethereum com gato de energia

Conforme noticiou o Estadão, o computador de Danilo (nome fictício) funciona 24 horas por dia minerando moedas digitais.

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Apesar do alto consumo de energia elétrica proveniente da atividade, isso não é um problema para ele. Afinal, Danilo conta com um gato feito pelo vizinho.

Atualmente, a tarifa cobrada em São Paulo é de R$ 0,62 por kWh. Se Danilo fosse pagar pela mineração, teria que desembolsar pelo menos R$ 446 por mês apenas pela atividade do computador que comprou por R$ 9 mil que contém uma placa-mãe e quatro placas de vídeo.

Já a fonte usada pelo minerador tem potência de 1.000 watts e pode minerar um dia inteiro. Por mês o consumo da fonte atinge 720 kWh.

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As tarifas altas de energia fazem do Brasil uma região economicamente inviável para a mineração. Tanto que Danilo ainda trabalha como motorista de carros de aplicativo para completar a renda.

Os mineradores clandestinos são difíceis de localizar. Mas eles estão em favelas de São Paulo e do Rio de Janeiro, segundo Marco Carnut, CEO da CoinWISE, empresa de blockchain e pagamentos com criptomoedas.

Riscos de mineração de Bitcoin caseira

O maior problema dessas ligações clandestinas é o risco que oferecem para a própria comunidade. Afinal, os equipamentos superaquecem e podem provocar incêndios.

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Recentemente, como noticiou o CriptoFácil, um “pool de mineração” montado dentro de um apartamento comunitário na Rússia provocou um incêndio no imóvel.

O proprietário, de 35 anos, usava equipamentos para mineração de Bitcoin. Contudo, não instalou um sistema de refrigeração para realizar a atividade.

O minerador foi levado ao hospital com queimaduras nas costas, braços e pescoço.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.