O G20, grupo das 20 maiores economias do planeta, anunciou ontem, 08 de fevereiro, o inicio das conversas com o intuito de debater uma possível regulamentação para o mercado cripto que serão o topo da agenda do grupo. As reuniões fazem parte de uma das diversas áreas de trabalho do grupo e são preparatórias para o encontro dos chefes de estado e ministros da economia em março, na Argentina.
O evento foi inaugurado pelo Ministro da Modernização da Nação Argentina, Andrés Ibarra que comentou:
“Estamos diante de uma verdadeira revolução digital e as respostas dos governos devem ser de assegurar que sua adoção seja inclusiva e gere mais oportunidades de trabalho além de mais e melhor desenvolvimento”
Emmanuel Macron, presidente da França e seu Ministro das Finanças, Bruno Le Maire, foram os primeiros líderes mundiais a clamar por uma discussão sobre a regulamentação das criptomoedas pelo G20. Na sequência do anuncio francês, Joachim Wuermeling, membro do conselho do Bundesbank (banco central alemão), salientou que qualquer tentativa de regular as criptomoedas, como o bitcoin, deve ser em escala global, uma vez que as regras nacionais ou regionais seriam insuficientes. O FMI – Fundo Monetário Internacional – também esta convidando todos seus integrantes para debater o tema.
Na mira do Estado
As criptomoedas estão na mira do Estado, e, certamente, 2018 será o ano em que o assunto será cada vez mais debatido não só no G20. Yves Mersch, por exemplo, membro do Conselho Executivo do Banco Central Europeu (BCE), também declarou recentemente que espera opções regulatórias rápidas para o mercado cripto, “Se você tem cada vez mais pontes entre o mundo virtual e o mundo real e depois há um colapso neste mundo virtual, ele poderia drenar a liquidez do mundo real. Isso se torna uma preocupação para o Banco Central”, declarou. Mersch acrescenta que o BCE também está preocupado com o “efeito social e psicológico” que as criptografia “parecem ter”.
Conforme relata o jornal Cointelegraph, em 6 de fevereiro, o Gerente Geral do Bank of International Settlements (BIS) Augustín Carstens expressou preocupação sobre a crescente integração entre criptografia e finanças tradicionais. Quem também segue nesta linha é a Autoridade Européia de Valores Mobiliários e Mercados (AEVM) que na sua mais recente agenda de trabalho de supervisão divulgada em 7 de fevereiro, delineou as cinco principais áreas em que a agência se concentrará no próximo ano, uma delas será acompanhar o desenvolvimento da inovação financeira, que, como a agência especificamente apontada, inclui tecnologia de criptomoedas e blockchain.
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O Bitcoin e criptomoedas também foi um dos temas debatidos no maior e mais importante evento do mundo sobre economia global, o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, por onde circulam os presidentes das nações mais ricas do planeta, além de ministros de economia, chefes de Bancos Centrais, entre outros.