Em julho, o mercado de criptomoedas começou a mostrar novas altas. O Bitcoin, por exemplo, teve uma forte alta de 25% no mês.
Com isso, investidores de varejo e institucionais estão aumentando as alocações de capital em criptoativos. E agora, outro tipo de investidor está de olho no mercado: os fundos familiares.
Crise impulsiona interesse por Bitcoin em grandes investidores
A situação financeira mundial segue abalada pela pandemia de Covid-19.
Desde março, US$ 3,9 trilhões (R$ 20 trilhões) foram adicionados à base total de ativos do Federal Reserve. O valor é equivalente a impressionantes 16% do PIB norte-americano de 2019.
Um projeto de lei que prevê mais auxílios para os norte-americanos deve ser anunciado a qualquer momento. Assim, é provável que a oferta de moeda seja ainda mais expandida.
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Em virtude disso, economistas e investidores começam a questionar o futuro do dólar americano. E, com isso, passam a buscar ativos alternativos a ele.
Um desses investidores foi o bilionário Paul Tudor Jones. Em maio, ele admitiu ter investido “uma pequena parcela” de seu portfólio em Bitcoin.
Na ocasião, Jones admitiu que essa parcela consistia em uma proteção. Ele também disse que a impressão de dinheiro feita pelo Banco Central dos EUA (Fed) pode gerar uma alta inflação no futuro.
Escritórios familiares miram criptoativos
Agora, novos investidores estão de olho nesta classe de ativos. É o caso dos escritórios familiares, conforme destacou matéria da Forbes na terça-feira, 04 de agosto.
Conhecidos em inglês como family offices, eles geralmente administram fundos privados de famílias. Essas famílias costumam ser ligadas à nobreza, ou então serem de investidores multibilionários.
Tradicionalmente, os escritórios familiares são avessos a ativos de risco. Em vez disso, eles se concentram na preservação da riqueza da família.
Normalmente, isso seria um obstáculo para os criptoativos. Afinal, o Bitcoin continuam a ter um risco muito alto para entrar no portfólio desse tipo de fundo.
No entanto, muitos membros dessas famílias já fazem parte da geração millennial. E esses investidores enxergam o potencial de investimento em Bitcoin com bons olhos.
Muitas vezes, eles mantêm um investimento modesto em ativos digitais em carteiras pessoais, enquanto aloca ativos familiares em ‘ativos de segurança’, como ouro e imóveis.
Michael Gord, fundador e CEO da Global Digital Assets, falou sobre as vantagens de criptoativos em um portfólio familiar.
“Os escritórios familiares já possuem ativos seguros, como ouro e imóveis, e sempre procurarão mantê-los para preservação de capital. Colocar esses ativos na blockchain permite que eles diminuam suas taxas de custódia e colecionem dividendos sobre os ativos que eles já possuem, tornando esses ativos transacionáveis.”
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