O Bitcoin está sendo “beneficiado” pela pandemia global do novo coronavírus, é o que afirma Axel Blikstad, criador do primeiro fundo de criptoativos para o varejo do país. O sócio do fundo de investimentos BLP Asset também destacou que a impressão de dinheiro desenfreada por bancos centrais ao redor do mundo para tentar evitar o colapso na economia deve fazer com que as moedas fiduciárias sofram com a perda de valor em algum momento.
Em uma entrevista ao portal Seu Dinheiro, publicada nesta quarta-feira, 22 de abril, Blikstad afirmou que isso levará a uma “onda de apreciação do Bitcoin”, resultante do aumento da confiança na principal criptomoeda do mercado como reserva de valor.
“Alguém paga a conta, alguma hora vem inflação”, afirmou Blikstad. “No curtíssimo prazo, a conta não vem, porque tudo vai ser mais barato, como preço de imóvel, mas no longo, sim”, explicou ele, referindo-se às impressões de dinheiro.
Blikstad comentou que o principal benefício do Bitcoin é sua escassez que pode elevar o preço do ativo ao longo do tempo. Além disso, levando em conta os últimos cinco anos, ele afirmou que nunca esteve tão otimista em relação ao BTC. Sua expectativa é que o criptoativo se valorize significativamente a partir de setembro, já que, segundo ele, o processo de recuperação dos ativos leva “não dias e semanas, mas meses”.
“Acho que o fundamento do Bitcoin só se fortalece nesta crise”, enfatizou.
Valorização maior que a de 2017
Para Blikstad, essa valorização será ainda maior que a de 2017, pois será impulsionada pelo aumento da confiança no ativo, por conta dos programas de expansão monetária dos Bancos Centrais. O gestor também citou o processo de digitalização pelo qual o mundo está passando como fator que irá favorecer a adoção do Bitcoin.
Esses aspectos somados ao halving que ocorrerá em maio podem criar uma espiral positiva e levar o Bitcoin a superar os US$ 20.000 (mais de R$ 100 mil), patamar que a criptomoeda alcançou em 2017.
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No que diz respeito à forte desvalorização do BTC em março, Blikstad explicou que, em uma crise de liquidez como a atual, é normal que os investidores se desfaçam do que têm em seu portfólio para obter dinheiro, mas sobre o futuro, ele segue otimista.
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