Uma das figuras mais controversas do mercado de criptomoedas, Justin Sun soltou mais uma polêmica. O fundador da rede TRON disse para os seus mais de 3,7 milhões de seguidores no X que sob sua liderança, o Ethereum poderia chegar a US$ 10,000.
Sun apresentou algumas medidas que tomaria no lugar dos atuais gestores de segunda maior rede blockchain do mundo. Além disso, rebateu as críticas feitas pelos membros da rede aos fundadores ao longo da semana.
A TRON é uma rede blockchain criada em 2017, inspirada na Ethereum. A rede, voltada para criadores de conteúdo, é a 11ª maior blockchain, com uma capitalização de mercado na casa dos US$ 20 bilhões. Além disso, seu fundador e idealizador, Sun, se tornou figura proeminente do setor. No fim do ano passado, ele foi convidado para integrar o conselho do projeto de blockchain de Trump, a WLFI. Porém, ele quer mais.
Em um tuíte do dia 22 de janeiro, Sun resolveu se voltar para a rede que o inspirou a criar a TRON. O empresário declarou que, sob sua liderança, o Ethereum chegaria a US$ 10 mil. A moeda oficial do ecossistema Ethereum vem sendo chamada ironicamente de stablecoin. Enquanto o Bitcoin atingiu US$ 100 mil, a criptomoedas tem encontrado resistência para superar a marca dos US$ 4.000.
De acordo com Sun, a desvalorização da ETH é um problema que pode ser solucionado com quatro medidas: suspensão da emissão, taxação de projetos L2, cortes de gastos e ajustes nas recompensas e nas taxas queimadas.
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1. Suspensão da emissão
A primeira medida que Sun defende consiste na a suspensão da venda de ETH. Para ele, é necessário restringir imediatamente a oferta de Ethereum, aumentando assim a demanda e, consequentemente, o valor. Essa medida duraria 3 anos.
Para cobrir as despesas da rede sem emitir novos tokens, Sun realizaria empréstimos através da AAVE, realizaria staking do token e faria empréstimos de stablecoin. A segunda medida, inclusive, foi recentemente sugerida pela comunidade para Vitalik, que rechaçou a ideia.
2. Taxação de projetos L2
Em segunda, Sun diz que tributaria “fortemente” projetos da camada 2 da Ethereum. Assim, ele garante que, somente com impostos, ele geraria US$ 5 bilhões todos os anos. Além disso, usaria o valor para recomprar ETH e queimar esses tokens, de forma descentralizada.
3. Cortes de gastos
Su também disse que demitiria parte da equipe da Ethereum Foundation, “mantendo apenas os membros mais capazes”. Ainda, defendeu que implantaria o sistema meritocrático dentro da Fundação, recompensando o desempenho e resultados com melhores salários.
4. Ajustes nas recompensas e nas taxas queimadas
Por fim, Sun diz que reduziria as recompensas dos nós da rede Ethereum, focando mais na política de queima de taxas. Dessa maneira, ele diz que o Ethereum entraria em uma roda de deflação, transformando a criptomoeda em uma reserva de valor.
Além disso, Sun defende que a rede deve focar no desenvolvimento da camada 1 da rede, colocando, assim, a escalabilidade, a segurança e a adoção do ETH como prioridades. O objetivo, segundo ele, é elevar o preço do token nativo da Ethereum, atualmente avaliado em US$ 3.000, para US$ 10.000.
As medidas propostas dividiram os seguidores. Alguns concordam com as ideias, enquanto outros criticam o fundador da TRON. As falas de Sun acontecem um dia depois da polêmica envolvendo Vitalik Buterin. O fundador da Ethereum foi muito criticado pela comunidade em razão das práticas adotadas pela Fundação responsável pelo desenvolvimento da rede.
