O Federal Reserve dos Estados Unidos (Fed) – o banco central do país – está proibindo seus funcionários de alto escalão de negociar criptomoedas e outros ativos.
De acordo com a nova política, anunciada formalmente na última sexta-feira (18), além dos criptoativos, os funcionários também estão impedidos de negociar commodities, moedas estrangeiras, fundos de índices setoriais, derivativos e títulos de agências.
Além disso, eles não podem operar com alavancagem e nem realizar vendas a descoberto.
Proibidos de negociar criptomoedas
Embora tenha sido anunciada na última semana, a determinação só entrará em vigor em 1º de maio de 2022.
Os funcionários devem alienar seus ativos dentro de 12 meses a partir da data efetiva. Em alguns casos, os funcionários terão seis meses para se desfazer de seus bens.
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Estão incluídos na política funcionários do Fed; presidentes de bancos regionais como os do Fed de Boston ou St. Louis; gerentes de mesa de títulos e outros funcionários.
Além disso, a proibição se estenderá ao Comitê Federal de Mercado Aberto. Este comitê é um grupo de alto escalão que define a política financeira e define as taxas de juros .
Ainda, parentes de funcionários, como cônjuges e filhos menores de 18 anos, também serão proibidos de negociar os ativos.
É possível que outras classes de funcionários sejam incluídas na determinação futuramente, conforme afirmou o Fed:
“O Federal Reserve espera que funcionários adicionais fiquem sujeitos a todas ou partes dessas regras após a conclusão de novas revisões e análises”, afirmou um comunicado anunciando as regras.
De acordo com o Fed, a regra visa melhorar a confiança do público na instituição. O objetivo, segundo o anúncio, é “apoiar a confiança do público na imparcialidade e integridade do trabalho do Comitê, protegendo-se até mesmo da aparência de qualquer conflito de interesse”.
Essa mudança de política ocorre após uma controvérsia sobre o uso de informações privilegiadas dentro do Federal Reserve em 2020.
Na época, o presidente do Fed Dallas, Robert Kaplan, e o presidente do Fed Boston, Eric Rosengren, estiveram sob os holofotes da mídia. Eric Rosengren e Robert Kaplan deixaram seus cargos após a controvérsia.
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