A Foxbit, uma das maiores corretoras de criptomoedas do Brasil, está atenta ao desenvolvimento e aperfeiçoamento do mercado cripto nacional e anunciou que a criação de uma bolsa para startups, equity crowdfunding, para incentivar e apoiar o desenvolvimento das mesmas. Para isso, a empresa fez um investimento na Kria, site de captação de investimentos, para organizar “crowdfundings”. Na nova plataforma, quem investiu em startups por meio da Kria – e, dessa forma, comprou uma participação daquela empresa – poderá revender esses papéis.
“Citando um exemplo prático: um investidor-anjo poderá ir à bolsa da Foxbit para vender a participação que ele tem em uma determinada empresa, independente da fase em que se encontra aquela startup. O preço, claro, segue a dinâmica do mercado e a lei de oferta e demanda. A criação do mercado secundário para negociar participações nas startups injeta liquidez ao capital do investidor, que não fica atrelado ao negócio até a próxima rodada de investimento ou até a empresa monetizar, o que pode levar muito tempo”, disse João Canhada, um dos sócios da exchange.
Canhada ressalta que as regras que irão nortear a plataforma para aceitar o ingresso de startups não estão definidas ainda, pois a exchange aguarda o aval dos órgãos reguladores que são, atualmente, a principal barreira para o início das operações. Porém, Canhada espera que tudo fique pronto até o final do ano, afinal a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) regulamentou os crowdfundings em 2017, permitindo que empresas com faturamento anual de até R$10 milhões realizem ofertas por meio de financiamento coletivo na internet.
“O primeiro passo para criar esse mercado secundário foi regularizar o crowdfunding. Porém, em outros países da América Latina quando o regulador permitiu isso, já ficou prevista a criação de um mercado secundário”, Frederico Rizzo, presidente da Kria, ao jornal Valor Econômico.
O projeto já estava no Roadmap da Fox, que, como revelou com exclusividade o Criptomoedas Fácil, também pretende listar outras criptomoedas na plataforma.
“Esse projeto já estava no nosso roadmap, justamente por ter sido uma dor que enfrentamos enquanto empreendedores brasileiros. Esse projeto nos proporcionará a diversificação do nosso portfólio, mas nosso core business é e continuará sendo a exchange de bitcoins”, ressaltou Canhada.
“A importância desse produto vai muito além do mercado de criptomoedas. Ao criar o mercado secundário para ações de startups, estimulamos o empreendedorismo, a inovação, a criação de empregos e a geração de riqueza para o ecossistema e para o país. É um projeto muito grandioso”, finalizou o fundador da Fox.