Reunindo as maiores autoridades mundiais, o Fórum Econômico Mundial (WEF na sigla em inglês), que acontece anualmente em Davos, Suíça, anunciou que entre os principais temas que serão debatidos no encontro, Bitcoin e criptomoedas serão um dos principais tópicos a movimentar as discussões entre os líderes globais. Entre as personalidades confirmadas no evento, estão os presidentes dos Estados Unidos Donald Trump e o presidente do Brasil Jair Bolsonaro, além de presidentes de nações europeias, membros do G20 e o vice -presidente chinês Wang Qishan. As reuniões em Davos acontecerão de 22 a 25 de janeiro.
As reuniões do maior fórum econômico global em 2019 estarão focadas, segundo a organização do evento, no conceito de transformação.
“Estamos mudando de uma ordem mundial baseada em valores comuns a um ‘multiconceitual’ mundo moldado por narrativas concorrentes que procuram criar uma nova arquitetura global. Vivemos em um mundo com novos limites planetários em desenvolvimento. Estamos entrando na quarta revolução industrial, moldada por tecnologias avançadas dos mundos físico, digital e biológico que se combinam para criar inovações à uma velocidade e escala inigualável na história humana”, destaca o WEF.
Neste contexto de transformação global e de uma nova configuração da sociedade é que o WEF insere o debates sobre Bitcoin e criptomoedas e como eles devem ser pensados para integrar o arranjo econômico mundial para ajudar a moldar os desafios da globalização 4.0 e da quarta revolução industrial.
“O encontro anual continua a ser o principal evento a reunir os maiores líderes da política, dos negócios, da sociedade civil e da academia para moldar agendas globais, setoriais e regionais no contexto da Globalização 4.0 e da Quarta Revolução Industrial. No verdadeiro ‘espírito de Davos’, o objetivo é avançar essas agendas com ideias ousadas e emocionantes oportunidades a serem consideradas”, diz o comunicado oficial do evento.
“Um diálogo global sobre o futuro da economia destinado a rever os princípios econômicos para uma tomada de decisão sobre os melhores caminhos, econômicos e sociais, que precisam ser redefinidos para refletir melhor as mudanças inerentes à Quarta Revolução Industrial, juntamente com um diálogo global sobre questões financeiras e monetárias e como aproveitar não só as novas tecnologias como criptomoedas e blockchain, mas também fazendo o uso de sistemas mais resilientes para alcançar um crescimento sustentável e de bem-estar social a longo prazo”, define o WEF.
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A Ethereum Entreprise Alliance (EEA) já anunciou uma participação lateral no evento e montou um espaço para receber convidados na terça-feira, 22 de janeiro, no qual o seu diretor Bill Allder e o assessor jurídico chefe Oksana Davis apresentarão o que é a aliança e como seus objetivos estão alinhados com as discussões de Davos na geração de soluções interoperáveis para promover impacto social.
Dominik Schiener, cofundador da IOTA, também anunciou que estará presente no WEF, no entanto, não está claro ainda se Schiener participará das discussões laterais ou se deve integrar o evento principal. Um dos integrantes da Fundação IOTA, Julie Maupin, faz parte do conselho consultivo sobre Fintech do Ministério das Finanças da Alemanha e da Força-Tarefa sobre economia digital do G20, além de integrar foruns de governança na ONU, e também deve estar presente nas reuniões de Davos.
Bitcoin e criptomoedas foram destaque do encontro pela primeira vez em janeiro de 2018, quando o hype em torno da criptomoeda estava em seu ponto mais alto devido aos recordes históricos de preço atingidos no mês anterior (dezembro de 2017). Foi durante o encontro que os líderes globais chegaram a um primeiro consenso de que era necessário olhar com mais cautela os criptoativos e reforçaram que os debates multilaterais sobre o tema deveriam continuar ao longo do ano durante as reuniões do G20, o que de fato aconteceu.