A sede do Banco Popular da China (PBoC), banco central do país, em Xangai, maior cidade da China, anunciou medidas contra as exchanges de criptomoedas que atuam na cidade. O anúncio oficial foi realizado nesta sexta-feira, 22 de novembro.
O órgão regulador disse que “adotará medidas de monitoramento como entrevistas, inspeções e proibições às entidades monitoradas envolvidas em atividades com criptomoedas para resolver, em tempo hábil, os riscos relacionados ao setor.”
O PBoC destacou que a especulação sobre criptomoedas está aumentando em meio à recente promoção da tecnologia blockchain na China, e alertou que os investidores não devem misturar tecnologia blockchain com criptomoedas.
“Existem vários riscos na negociação e no financiamento da emissão de moedas virtuais, incluindo risco de ativos falsos, risco de falha de negócios, risco de especulação de investimentos, etc. Os investidores devem aprimorar seu conhecimento sobre prevenção de riscos e tomar cuidado para não serem enganados”, disse o PBoC.
Ao passo que vê com bons olhos o uso da tecnologia blockchain, o governo chinês continua apertando o cerco contra empresas que lidam diretamente com criptomoedas. O próprio presidente da China Xi Jinping é um exemplo dessa dualidade de posição: o mandatário pediu que o país acelerasse as pesquisas no setor de blockchain ao mesmo tempo em que, mais recentemente, chamou as criptomoedas de fraudes financeiras.
O anúncio oficial ocorre depois do governo de Xangai já ter inspecionado as exchanges de criptomoedas da cidade nesta semana. O alvo desta investigação foram as empresas que realizam negociações de criptomoedas, vendas de tokens e distribuições de tokens de ofertas iniciais de moedas (ICOs) no exterior.
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Nesta sexta-feira, 22 de novembro, o governo de outra cidade chinesa – Shenzhen – também começou a investigar exchanges de criptomoedas suspeitas de realizarem atividades ilegais. O departamento financeiro do município de Shenzhen identificou 39 exchanges, cujos nomes não foram revelados.
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