Fernando Ulrich, economista chefe da XDEX, plataforma de criptomoedas apoiada pelos sócios da XP Investimentos, destacou, nesta quarta-feira, 05 de novembro, durante sua palestra na Labitconf, evento que está ocorrendo esta semana no Chile, que o Bitcoin é o futuro do dinheiro, mas que todo o potencial desta tecnologia pode demorar até 10 anos para ser integrado à sociedade, porém, é inevitável o sucesso das criptomoedas como ativo global em uma nova configuração da sociedade.
Ulrich justifica seu argumento analisando a história do dólar americano enquanto ativo de referência global (sem lastro), como forma de responder às necessidades da sociedade que foram moldadas pelo desenvolvimento da globalização e por questões geopolíticas, no entanto, destaca que este modelo já não responde mais às necessidades de um mundo globalizado, que necessita agora de uma plataforma neutra que não esteja sujeita a influências, dominações políticas e fronteiras.
Uma simples olhada pela história da humanidade, segundo o economista, mostra que o dinheiro, enquanto instrumento de troca, foi criado pelo ser humano e nem sempre esteve vinculado ao Estado, mas que esta vinculação foi sendo moldada ao longo da história, portanto, mudar este paradigma também é possível e acontecerá à medida em que as instituições financeiras vão se mostrando incapazes de atender às demandas pela circulação de valor além das fronteiras.
“No campo geopolítico, por exemplo, nações como Alemanha e Rússia buscam, por diferentes necessidades, uma nova forma de transacionar valores para além de suas fronteiras sem usar o sistema Swift, que é ‘controlado’ pelos EUA e, portanto, sofre influências políticas deste [basta ver a situação no Irã]. Isso mostra como a atual configuração do dinheiro, entendido como a circulação de valores, precisa ser mudada e é neste ponto que Bitcoin e criptomoedas demonstram seu maior valor, ao criar uma plataforma neutra de influências políticas, sem fronteiras e confiável”, disse.
Debatendo o futuro do dinheiro, Ulrich argumentou que é inevitável que ele deixe de ser físico e passe ao modelo digital, no entanto, os próximos anos vão delinear o caminho desta transformação: se ela será descentralizada, livre de influências políticas e aberta, o que ele acredita ser o melhor caminho por meio das criptomoedas, ou o contrário, apenas replicando, digitalmente, o atual modelo baseado em uma moeda nacional e, com ela todos os problemas e “vícios” que temos observado ao longo da história do dólar americano. Neste futuro econômico global e descentralizado, Ulrich acredita que até mesmo os bancos centrais podem armazenar Bitcoin e criptomoedas como ativos de reserva, mas não acha que isso seja possível antes de 10 anos.
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