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‘Faraó dos Bitcoins’ vai para Bangu 1 acende alerta sobre risco ao sistema prisional

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Após uma disputa entre a Justiça Federal e a Justiça Estadual do Rio de Janeiro, o destino de Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como “Faraó dos Bitcoins”, foi definido: ele cumprirá pena no Presídio Laércio da Costa Pelegrino, o Bangu 1. A decisão marca mais um capítulo na trajetória do condenado, que responde por crimes como lavagem de dinheiro, fraudes financeiras e envolvimento com organizações criminosas.

A transferência, que pode ser definitiva, acendeu um alerta no Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). O órgão teme a capacidade do réu de influenciar outros detentos e dar continuidade a atividades ilícitas. As preocupações se baseiam no histórico do caso.

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Um parecer do MPRJ chegou a pedir a permanência de Glaidson no sistema federal até 2027, destacando seu “alto poder financeiro”. Estima-se que sua organização teria movimentado R$ 38 bilhões. O que daria ao preso uma grande capacidade de desestabilizar o sistema prisional estadual.

Faraó dos Bitcoins: Sem volta

A decisão pelo retorno ao Rio prevaleceu sobre decisão da 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ). No último dia 25, o juízo estadual havia determinado a manutenção do réu no sistema federal. O argumento utilizado era de que Glaidson ainda representa um “risco à segurança pública” do estado.

“(…) tendo em vista que o mesmo ainda ostenta alto potencial para desestabilizar o sistema penitenciário estadual, (..) que os motivos ensejadores da sua transferência para a penitenciário federal permanecem inalterados mantenho Glaidson Acácio dos Santos no sistema federal de segurança máxima (…)“, diz trecho da decisão emitira na sexta-feira.

O magistrado citou indícios de que Glaidson supostamente usa pessoas ligadas a ele para orientar comparsas a continuarem com o esquema criminoso de fraudes com novas moedas digitais, mesmo dentro da prisão.

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Comando de dentro

Mas as acusações contra Glaidson vão além dos crimes financeiros. O Ministério Público do Rio o aponta como mandante de homicídios e tentativas de homicídio contra concorrentes no mercado de criptomoedas na Região dos Lagos. Em mensagens apreendidas, ele dava ordens para que concorrentes fossem “zerados/eliminados”. Por isso, o órgão chegou a pedir a permanência de Glaidson no sistema federal até janeiro de 2027

O documento aponta que o esquema teria movimentado a quantia de R$ 38 bilhões, evidenciando o “alto poder financeiro do preso e a concretização de um risco para a Segurança Pública Fluminense”.

Além disso, de acordo com o livro “Queda Livre“, dos jornalistas Chico Otávio e Isabela Palmeira, Glaidson teria compartilhado seu conhecimento sobre criptomoedas com líderes do Comando Vermelho durante o cumprimento de sua pena, contribuindo para que organizações criminosas passassem a utilizar criptomoedas de forma mais sofisticada para lavagem de dinheiro.

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Essa transferência de know-how teria acelerado a adoção de métodos digitais pelas facções, incluindo a criação de mineradoras fantasmas e o uso de exchanges não reguladas para converter valores ilícitos em criptoativos de difícil rastreamento.

Glaidson Acácio dos Santos foi preso em 2021 na Operação Kryptos, da Polícia Federal, que investigava um suposto esquema de pirâmide financeira. Sua volta ao Rio marca um novo capítulo no processo, trazendo-o de volta ao epicentro de seus supostos crimes, onde responderá às acusações que incluem, além do crime financeiro, um homicídio ocorrido em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos.

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