O objetivo era provar que o Bitcoin (BTC) não passava de uma abstração. Para isso, a Wired se desfez de 13 BTC.
Atualmente, este volume equivale a cerca de US$ 762.200, quase R$ 4 milhões na cotação em reais. Como era de se esperar, mais tarde, a revista se arrependeu e chamou a si própria de estúpida pelo feito.
“Abstração” fez revista perder 13 BTC
Em 2013, quando ainda era possível minerar Bitcoins em casa, a revista Wired recebeu de presente um equipamento de mineração de criptomoedas e conseguiu minerar 13 BTC.
Então, a equipe decidiu se desfazer dos Bitcoins ao destruir a chave privada da carteira que armazenava as criptomoedas.
Isso porque a Wired achou que mantê-los poderia influenciar na forma que a revista noticiava sobre a criptomoeda. Além disso, na época, a revista considerava o Bitcoin uma abstração:
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“A moeda digital mais popular do mundo realmente nada mais é do que uma abstração. Então, estamos destruindo a chave privada usada por nossa carteira de Bitcoin. Isso deixa nossa crescente pilha de dinheiro em Bitcoin trancada em um cofre digital por toda a eternidade — ou pelo menos até que alguém decifre a criptografia SHA-256 que o protege”, disseram na época.
O fato é que ninguém conseguiu acessar novamente o conteúdo da carteira e a revista perdeu os Bitcoin que valem quase R$ 4 milhões atualmente. Na época, as criptomoedas equivaliam a cerca de US$ 1.400.
Cinco anos depois, a revista publicou um novo artigo contando esta história e afirmando que foram estúpidos em jogar fora as criptomoedas.
Veja fez piada com Bitcoin que terminou mal
Mas a Wired não foi a única revista a desdenhar do Bitcoin e acabar mal na história. No Brasil, a Veja fez uma piada com o preço do Bitcoin em dezembro 2017.
A revista “deu um Bitcoin” para seus leitores à época. Na verdade, era um desenho da criptomoeda em uma folha de papel com a seguinte mensagem: “em um ano, ele valerá mais do que um Bitcoin de verdade”.
A criptomoeda, de fato, caiu vertiginosamente do pico de 2017 até dezembro de 2018. Todavia, recuperou-se rapidamente e hoje vale mais de US$ 55 mil.
Arrependidos com Bitcoin
De uma forma ou de outra, o Bitcoin continua surpreendendo a todos, até mesmo seus antigos críticos. Thiago Nigro, conhecido como Primo Rico, é um deles.
No final do ano passado, conforme relatou o CriptoFácil, o famoso investidor contou que seu maior arrependimento foi ter vendido seus Bitcoins em 2014 devido à falta de oscilação e liquidez no nascente mercado de criptoativos.
Além dele, o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) também se arrependeu de não ter comprado a criptomoeda em 2009.
Na época, a criptomoeda não valia praticamente nada. Caso tivesse aproveitado a oportunidade, Kataguiri poderia estar bilionário atualmente.
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