Em um passo rumo ao uso das tecnologias descentralizadas para trazer aprimoramentos em sua plataforma, o Facebook anunciou que pretende conduzir uma iniciativa para estudar o uso da Blockchain para trazer melhorias na rede social.
A iniciativa já possui um responsável: David Marcus. Segundo a CCN, agência de notícias internacional, Marcus deixa a liderança do setor de Messenger e passa a conduzir as atividades ligadas ao estudo da tecnologia Blockchain. O executivo comandará uma equipe que terá algumas dezenas de funcionários, incluindo James Everingham, vice-presidente de engenharia do Instagram, e Kevin Weil, vice-presidente de produtos do Instagram. Stan Chudnovsky, que supervisiona o produto no setor de Messenger, assumirá o papel anterior de Marcus.
O executivo tem algumas credenciais que o habilitam ao novo posto. Possui experiência no setor de pagamentos por ter sido presidente do PayPal. Além disso, também já trabalhou no setor de criptomoedas e é um dos atuais membros do corpo de diretores da Coinbase, cargo que ocupa desde dezembro do ano passado.
Os novos papéis fazem parte do programa de reestruturação da empresa, anunciado após o escândalo do uso indevido de dados dos usuários, que foi divulgado neste ano.
O novo desafio
O fundador do Facebook Mark Zuckerberg parece ter tomado para si a tarefa de recolocar nos usuários da rede social o sentimento de segurança e controle dos seus dados, encarando o objetivo como um “desafio pessoal”.
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Em um post publicado no seu perfil em janeiro, Zuckerberg afirmou que todos os anos busca um desafio pessoal para “aprender algo novo” – e que, nesse ano, estabeleceria como seu objetivo consertar os erros da plataforma e mirar em importantes questões, como “proteger a comunidade contra ódio e abusos, defendê-la contra a interferência de estados-nações e garantir que o tempo gasto no Facebook esteja sendo bem aproveitado”.
O empresário também falou sobre os aspectos centralizadores que a tecnologia tem apresentado, citando a vigilância governamental e as grandes corporações e afirmando que as pessoas estão começando a enxergar valor em aplicações descentralizadas, como as criptomoedas.
“Há contra-tendências importantes para isso – como criptografia e criptomoedas – que tiram o poder dos sistemas centralizados e o colocam de volta nas mãos das pessoas. Mas elas vêm com o risco de serem mais difíceis de controlar. Estou interessado em aprofundar e estudar os aspectos positivos e negativos dessas tecnologias, e como melhor utilizá-las em nossos serviços”, afirmou Zuck.
Será um sinal de que aspectos descentralizados e de mais segurança poderão estar a caminho do Facebook? Resta a nós, usuários, aguardar e torcer por isso.