A provedora de carteira e serviços de criptomoedas Blockchain.com está colocando em prática seus planos de expansão para a América Latina.
Com sede em Miami e Londres, a empresa anunciou que abrirá, nos próximos meses, um escritório em São Paulo. O objetivo é consolidar sua presença no Brasil, onde já atua há dois anos.
Além disso, a Blockchain.com acaba de oficializar a compra da plataforma argentina de criptomoedas SeSocio. A aquisição faz parte de sua estratégia de expansão que incluirá a abertura de um escritório também no país vizinho.
Além de Brasil e Argentina, a Blockchain.com também está de olho nos mercados de Peru, Chile, Colômbia e México.
Expansão para América Latina
Em entrevista ao jornal O GLOBO, o diretor de negócios (CBO) da Blockchain.com, Lane Kasselman, informou que o escritório de São Paulo será o primeiro no país.
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora
No entanto, a organização não descartou a possibilidade de abrir outros no país futuramente. Kasselman disse ainda que a ideia inicial é que o escritório tenha 10 funcionários.
“O Brasil é um dos maiores mercados de cripto do mundo e também é um motor econômico para a América Latina. É um mercado muito importante para nós. Temos muitos clientes brasileiros na Blockchain.com e queríamos construir uma presença física para que pudéssemos aumentar nossa base ainda mais, mas precisávamos de ajuda para isso. A aquisição foi nosso primeiro passo para crescer rapidamente na América Latina. O próximo é a abertura de um escritório no Brasil”, revelou o executivo na entrevista ao GLOBO.
Criptomoedas aos desbancarizados
Na América Latina, a Blockchain.com planeja levar as criptomoedas aos desbancarizados que, segundo Kasselman, são mais de 200 milhões.
O executivo acredita que os ativos digitais podem ajudar essa parte da população a acessar, além dos serviços financeiros, plataformas como Netflix e Spotify.
Ao mesmo tempo, as criptomoedas podem ajudar no problema da instabilidade das moedas desses países:
“Alguns países na América Latina têm moedas instáveis. E as criptomoedas, nesse caso, podem ser muito mais estáveis. Além disso, muitas pessoas enviam dinheiro para familiares de outros países. Mas isso é difícil de fazer no atual sistema bancário. Cripto torna isso muito mais fácil”, ressaltou.
Educação financeira
Diante das dificuldades de inserir pessoas que não estão habituadas sequer ao mercado tradicional no mercado cripto, Kasselman ressaltou que a estratégia da Blockchain.com será investir em educação financeira para reduzir os riscos de golpes:
“Nós oferecemos diversas criptomoedas, seja Bitcoin, Ethereum ou Solana. Mas antes que elas sejam disponibilizadas aos clientes nós realizamos um extenso processo de análise legal, regulatória e de compliance, para ter certeza de que aquele ativo é seguro. Nós tendemos a ser um pouco lentos na nossa análise em relação a outras plataformas. Mas fazemos isso para que o processo seja mais seguro”, esclareceu Kasselman.
Atualmente, a Blockckchain.com tem mais de 37 milhões de usuários e 77 milhões de carteiras. Em operação desde 2011, a plataforma está presente em mais de 200 países e já negociou mais de R$ 1 trilhão em criptomoedas.
Leia também: “Nasda Coin”: Operação contra venda de criptomoedas falsas é deflagrada em Florianópolis
Leia também: Binance Smart Chain implementa com sucesso esquema de queima contínua de BNB
Leia também: Análise Solana: SOL dispara e pode bater os US$ 340