As oportunidades de novos negócios oferecidas pelo ecossistema das criptomoedas tem motivado diversos empreendedores a deixarem seus empregos em importantes empresas nacionais e multinacionais para desenvolverem seus próprios empreendimentos envolvendo a tecnologia emergente. A Frente Corretora de Câmbio, fundada por Carlos Brown, Ricardo Baraçal e Daniela Marchiori, é um exemplo. Brown e Baraçal deixaram a maior corretora da América Latina, a XP Investimentos, para fundar o próprio negócio junto com Marchiori, que atuava como agente independente na plataforma.
O foco da empresa dos “ex-XP” inicialmente era atuar como uma corretora de câmbio tradicional, negociando moedas estrangeiras com bancos e corretoras parceiras. No entanto, da mesma forma que a XP, que desenvolveu os Agentes Autônomos de Investimento, a empresa criou os Correspondentes Cambiais, agentes ligados à plataforma, mas que atuam de forma independente. Atualmente, são mais de 70 que atuam plugados à plataforma on-line da Frente.
Mas, como o foco da empresa é inovação, Baraçal explica ao jornal Valor Econômico, que a equipe trabalhou no desenvolvimento de um produto baseado em blockchain que utiliza a tecnologia para fazer remessa de valores para o exterior. O serviço, ao contrário do executado pelos bancos, não tem tarifa e, mesmo com o spread que é cobrado atrelado à moeda, o executivo garante que os custos associados ao procedimento são bem menores que os praticados no mercado tradicional pelas instituições financeiras.
“Existe toda uma tecnologia por trás para isso ganhar escala. Não é só colocar todo o dinheiro em um bolo só e mandar. O destino lá fora tem que ser o que o cliente colocou. Então, tem que ter um hub para poder distribuir e o dinheiro chegar na quantia e na instituição financeira certa”, explica o executivo. “De grosso modo, como nós mandaremos uma remessa grande, de vários clientes, para o exterior, esse custo sai muito mais barato do que o cliente enviar sozinho, por conta própria”, completa o sócio Carlos Brown.
Como mostra a reportagem do Valor, assim como as negociações cambiais, o negócio de remessas para o exterior online também será distribuído pelos correspondentes, que lidam diretamente com o cliente.
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“Será tudo feito por uma ‘white label’. Você entra no site do correspondente, verá a logo e a marca dele, e fará o negócio totalmente online. O layout é dele, mas quem permite que aconteça, somos nós”, finaliza Baraçal.