O movimento de autorregulamentação do mercado de criptomoedas, iniciado na Ásia pelas exchanges da Coreia do Sul e do Japão, ganhou adeptos em todo o mundo. No Brasil, por exemplo, a ABCripto, – Associação Brasileira de Criptoeconomia, que reúne as seis maiores exchanges brasileiras também está elaborando propostas semelhantes para o mercado nacional e a ABCB – Associação Brasileira de Criptomoedas e Blockchain, tem planos de interlocução com agentes reguladores federais para ajudar na criação de um marco regulatório que permita a inovação no universo cripto no Brasil.
Nos EUA, os irmão Cameron e Tyler Winklevoss também propuseram uma união entre as exchanges norte-americanas no sentido de promover boas práticas no mercado. Já no Reino Unido, a CryptoUK, que também tem como objetivo autorregulamentar o mercado cripto no Reino Unido e reúne empresas como BlockEx, CEX.IO, Coinbase, CoinShares, CommerceBlock, CryptoCompare e eToro, anunciou, nesta semana, ter saído na frente de seus pares pelo mundo e apresentado algumas propostas para o mercado, entre elas, a solicitação para que o Financial Conduct Authority (FCA), órgão regulador do Reino Unido, seja o responsável pela supervisão do mercado.
Segundo reportagem da CCN, agência de notícias internacional, entre as sugestões está uma “Licença de criptografia”, que seria atribuída às exchanges de criptomoedas em conformidade com regras de AML e KYC e apontou como exemplo o atual modelo adotado pelos legisladores no Japão e em Gibraltar.
“Esta é uma oportunidade maravilhosa para o governo tomar uma posição proativa, colocando em ação palavras positivas e reforçando o papel do Reino Unido como capital financeira mundial. Esperamos que o Comitê do Tesouro os considere e adote as ideias quando apresentar suas próprias recomendações ao Tesouro”, disse Iqbal V Gandham, presidente da CryptoUK.
A CryptoUK acredita que, não importa o quão difundido o investimento em criptomoedas se torne na região, o Reino Unido não pode alcançar seu potencial como um mercado global sem a devida regulamentação. A organização comercial elogiou a investigação do Comitê do Tesouro para examinar o impacto das moedas digitais na economia, que está atualmente em andamento, mas quer ajudar a moldar a discussão.