Durante o boom do Bitcoin e das criptomoedas em 2017 muitas exchanges e plataformas de negociação de criptoativos surgiram em busca de abocanhar uma fatia deste novo mercado que hoje, mesmo em baixa, já possui mais investidores do que a Bolsa de Valores do Brasil (B3) embora o valor transacionado seja muito menor. Uma estimativa feita pelo Criptomoedas Fácil, revela que, atualmente o Brasil deve ter algo em torno de 70 exchanges para comercialização de criptomoedas, no entanto, em 2018, com a queda nos preços o apetite do investidor de varejo caiu, diminuindo o número de negociações, quando o preço do Bitcoin caiu impactou todo o mercado causando inclusive demissões nas maiores empresas do setor, tanto no Brasil como no exterior.
Esta queda tem sido apontada por especialistas, como Luiz Calado, CEO da Braziliex, como fator de amadurecimento para o mercado, mas, como revela Natália Garcia, sócia e diretora jurídica da Foxbit, este ‘fortalecimento’ do mercado também tem levado muitas empresas a rever seus negócios em busca de fusão ou mesmo a saída do mercado, “Tem muita corretora à venda ou em busca de fusões”, revela Garcia.
Para a empresária as exigências dos reguladores nacionais também tem pesado nas decisões das empresas que tem se rearranjar em busca de atender as obrigações dos reguladores e que, no caso da nova norma que deve ser aprovada pela Receita Federal do Brasil, vai exigir novos investimentos das plataformas, desde tecnologia a contratação de funcionários, trazendo uma ‘conta’ nova com a qual as empresas do setor de criptoativos não esperavam ter que arcar em 2019.
“Esse é um setor novo, a exigência representa gastos e despesas que podem implicar a inviabilização de negócios”, destacou Fernado Furlan, presidente da Associação Brasileira de Criptomoedas e Blockchain (ABCB).