Recentemente, conforme publicação da agência de notícias Busines Review, a Coinbase, corretora de criptomoedas norte-americana, anunciou a obtenção de um fundo de hedge no valor de US$20 bilhões em seu serviço de custódia.
A maior exchange dos Estados Unidos lançou o “Coinbase Custody”, uma solução de custódia de ativos digitais para grandes investidores institucionais, em 2 de julho. O novo serviço é garantido por uma corretora independente, a Electronic Transaction Clearing (ETC), que opera em conformidade com as regras da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês).
Pessoas familiarizadas com o assunto disseram que a exchange garantiu o fundo de hedge e também está buscando parcerias com outros grandes fundos. As fontes anônimas também revelaram que a Coinbase está planejando oferecer margem de financiamento, possivelmente até o final do ano, o que permitiria aos investidores institucionais emprestar para traders.
Robert Hockett, professor de direito na Universidade de Cornell, disse à Business Insider que a decisão da Coinbase de lançar serviços de corretagem de primeira linha provavelmente chamará a atenção da SEC, observando que:
“Isso levanta preocupações de conflito, dado que a Coinbase também faz a gestão de uma exchange de criptoativos. É preciso lembrar das preocupações de conflitos que a SEC encontrou quando as corretoras de valores tentaram combinar esses dois papéis.”
No início da semana passada, a Coinbase divulgou ao mercado que não havia obtido a permissão da SEC para listar títulos considerados valores mobiliários – a informação desmentiu um comunicado anterior que afirmava que a empresa estaria próxima de obter tal licença.
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A plataforma reconheceu que nem a SEC nem a Autoridade Reguladora da Indústria Financeira (FINRA, na sigla em inglês) aprovaram a aquisição pela Coinbase de um negociante de valores mobiliários, como havia sido anunciado anteriormente, e que as conversas sobre o assunto não haviam tido caráter oficial. No entanto, o sucesso do serviço de custódia promovido pela empresa pode trazer os olhares dos órgãos reguladores para as suas atividades.